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Internacional

- Publicada em 14 de Setembro de 2017 às 15:11

Unicef quer proteger crianças rohingya

Mulheres e crianças são resgatadas de barco que naufragou no rio Naf

Mulheres e crianças são resgatadas de barco que naufragou no rio Naf


/MUNIR UZ ZAMAN/AFP/JC
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) afirmou que até 400 mil membros da minoria muçulmana rohingya fugiram da violência recente em Mianmar e entraram em Bangladesh. O Unicef divulgou o balanço atualizado em comunicado nesta quinta-feira, no qual destaca a "tarefa monumental" de proteger milhares de crianças entre os refugiados. A agência da Organização da Nações Unidas solicitou US$ 7,3 milhões para acolher as crianças dessa minoria ao longo dos próximos quatro meses.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) afirmou que até 400 mil membros da minoria muçulmana rohingya fugiram da violência recente em Mianmar e entraram em Bangladesh. O Unicef divulgou o balanço atualizado em comunicado nesta quinta-feira, no qual destaca a "tarefa monumental" de proteger milhares de crianças entre os refugiados. A agência da Organização da Nações Unidas solicitou US$ 7,3 milhões para acolher as crianças dessa minoria ao longo dos próximos quatro meses.
Parlamentares da União Europeia, por sua vez, exigiram que as forças de segurança de Mianmar interrompam a violência contra os rohingya, enquanto milhares deles continuavam a fugir nesta quinta-feira. O Parlamento Europeu adotou uma resolução pedindo ao país asiático que "interrompa imediatamente as mortes, o assédio e o estupro do povo rohingya e a queima da casa deles". Também solicitou que grupos de ajuda humanitária tenham acesso imediato à área e às pessoas em fuga.
Os congressistas europeus se dirigiram ao governo de Mianmar e à líder do país, Aung San Suu Kyi, para "condenar inequivocamente todo incitamento ao ódio racial e religioso e a combater a discriminação social e as hostilidades". Eles lembraram que Suu Kyi já levou, em 1990, o Prêmio Sakharov por sua defesa aos direitos humanos, às minorias e pelo respeito à lei internacional. Ela também já levou o Nobel da Paz.
O Exército de Salvação Arakan Rohingya (Arsa), grupo insurgente cujos ataques de 25 de agosto contra postos da polícia geraram as semanas de violência e retaliação dos militares de Mianmar, nega qualquer vínculo com o extremismo islâmico ou com grupos terroristas internacionais e diz que não quer se envolver nesse conflito. O Arsa afirmou em comunicado desejar que os países ajudem a evitar que combatentes estrangeiros entrem no estado de Rakhine, em Mianmar.
O comunicado dos insurgentes foi uma aparente resposta a relatos de que a Al-Qaeda estaria pedindo a militantes muçulmanos de todo o mundo que apoiem o Arsa ou se unam à luta do grupo. O governo de Mianmar descreve o Exército rohingya como "terroristas extremistas", mas não divulgou publicamente evidências de seus supostos vínculos com grupos de fora do país. O líder do Arsa, Ata Ullah, teria nascido no Paquistão e foi educado na Arábia Saudita. O Arsa sustenta que luta para proteger os muçulmanos rohingya da perseguição da maioria budista do país.
Também nesta quinta-feira, a polícia de Bangladesh informou que mais um barco com 40 mulheres e crianças da minoria que fugiam de Mianmar naufragou no rio Naf. Pelo menos duas pessoas morreram, enquanto as demais conseguiram nadar até a costa de Bangladesh. A polícia já recuperou 88 corpos do rio que divide os dois países.
Cenas de pânico eram comuns nesta quinta-feira em rodovias onde voluntários locais distribuíam água, alimentos e outros suprimentos para os refugiados. "Há uma falta grave de tudo, mas especialmente de abrigo, alimento e água limpa", disse Edouard Beigbeder, representante do Unicef. 
 
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