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Internacional

- Publicada em 04 de Setembro de 2017 às 16:39

A dois dias da visita do papa, Colômbia anuncia cessar-fogo com ELN

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, anunciou na manhã desta segunda-feira (4), um cessar-fogo bilateral com o ELN (Exército de Liberação Nacional), hoje a principal guerrilha do país depois de aprovado o acordo de paz com as Farc, agora transformadas em partido político. Com cerca de 3 mil combatentes, o ELN é uma guerrilha marxista que está na ativa desde 1964. Sua ideologia difere um pouco da das Farc, uma vez que tem mais influência religiosa e inspira-se na Teologia da Libertação.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, anunciou na manhã desta segunda-feira (4), um cessar-fogo bilateral com o ELN (Exército de Liberação Nacional), hoje a principal guerrilha do país depois de aprovado o acordo de paz com as Farc, agora transformadas em partido político. Com cerca de 3 mil combatentes, o ELN é uma guerrilha marxista que está na ativa desde 1964. Sua ideologia difere um pouco da das Farc, uma vez que tem mais influência religiosa e inspira-se na Teologia da Libertação.
Apesar de estar negociando um acordo de paz com o governo desde fevereiro, o ELN não deixou de praticar sequestros, extorsões e atentados. Por conta disso, a negociação vinha sendo muito questionada pela opinião pública e os meios de comunicação.
O anúncio do cessar-fogo, que começa a valer em 1º de outubro e vai até 12 de janeiro de 2018, é a primeira notícia de avanço real entre as duas partes nestes nove meses de conversas. A ONU e a Igreja Católica atuarão como observadores do cumprimento do cessar-fogo. "É um imenso passo para a criação de confiança no processo e permite destravar o resto da agenda", declarou o chefe das negociações por parte do governo, Juan Camilo Restrepo.
Enquanto o acordo com as Farc foi costurado em Cuba, o tratado com o ELN está sendo negociado no Equador. Segundo Santos, chegou-se a um consenso sobre a interrupção dos ataques mútuos em debate que adentrou a última madrugada, em Quito. Santos disse que o cessar-fogo estará condicionado "a que se avance nas negociações", referindo-se ao reiterado pedido do governo para que a guerrilha deixe de praticar sequestros e extorsões.
A guerrilha, por sua vez, embora declare que deseja firmar a paz com o Estado colombiano, vinha afirmando que não podia deixar essas práticas, porque depende delas para financiar-se. O anúncio ocorre dois dias antes da chegada do papa Francisco ao país, cujo motivo principal é, justamente, celebrar a paz alcançada com as Farc, na qual teve um papel de intermediário.
"O cessar-fogo tem como finalidade proteger os cidadãos enquanto as conversas em Quito continuam. Neste período não haverá sequestros, nem ataques a estradas e oleodutos e demais hostilidades que essa guerrilha vinha cometendo", explicou Santos. Acrescentou, porém, que falta muito a ser conversado para que se chegue a um acordo final, "espero que a visita do Papa estimule esse primeiro passo em busca da reconciliação."
Agência Folhapress
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