Está mantida a greve dos professores estaduais do Rio Grande do Sul. A decisão aprovada nesta sexta-feira (29), em assembleia convocada pelo Cpers/Sindicato, no ginásio do Gigantinho. Já são 24 dias de paralisação dos professores no Estado. No fim da manhã até começo da tarde, servidores do Estado e da prefeitura fizeram ato no Largo Glênio Peres, no Centro Histórico. A Loja Lebes, situada em frente ao largo, chegou a baixar as portas principais, deixando um acesso lateral.
Loja Lebes, no Centro da capital, fechou as portas enquanto ocorria ato dos servidores. Foto: Bruna Suptitz/Especial/JC
A mobilização da categoria ocorre contra o parcelamento de salários na gestão do governador José Ivo Sartori. Conforme anúncio do governo, na última sexta-feira (29), será priorizado o pagamento dos servidores que recebem os menores salários. A medida, segundo segundo levantamento do Dieese e divulgado pelo Cpers, fará com que apenas 19,78% dos professores e 48% dos funcionários de escola receberam seus salários nesta sexta, dia do pagamento do funcionalismo. Os que recebem até R$ 4 mil deverão receber a partir do dia 07 e os demais só após o dia 17.
Os docentes não ficaram satisfeitos após reunião entre a presidência do Cpers/Sindicato e a Secretaria Estadual da Educação (Seduc), realizada ontem (28). "Acabou o parcelamento, mas começou o atraso de salários. Vamos continuar nossa greve. Não podemos aceitar menos que o nosso direito", afirmou a presidente do Cpers, Helenir Schüler.
A greve dos professores foi deflagrada no dia 5 de setembro como uma reação ao parcelamento de salários, medida adotada desde que Sartori assumiu o governo, em 2015.