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- Publicada em 21 de Setembro de 2017 às 15:23

Suicídio é a quarta principal causa de morte entre jovens brasileiros, mostra estudo

Pela primeira vez, o Ministério da Saúde divulgou o Boletim Epidemiológico de Tentativas e Óbitos por Suicídio no Brasil, em alusão ao Setembro Amarelo, mês de conscientização sobre a importância da prevenção do suicídio. É surpreendente que seja o primeiro levantamento divulgado sobre o assunto, uma vez que, no mundo, mais de 800 mil pessoas tiram a própria vida anualmente. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio representa 1,4% de todas as mortes - e se tornou, em 2012, a 15ª causa de mortalidade na população geral.
Pela primeira vez, o Ministério da Saúde divulgou o Boletim Epidemiológico de Tentativas e Óbitos por Suicídio no Brasil, em alusão ao Setembro Amarelo, mês de conscientização sobre a importância da prevenção do suicídio. É surpreendente que seja o primeiro levantamento divulgado sobre o assunto, uma vez que, no mundo, mais de 800 mil pessoas tiram a própria vida anualmente. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio representa 1,4% de todas as mortes - e se tornou, em 2012, a 15ª causa de mortalidade na população geral.
O Ministério da Saúde aponta que, em média, 11 mil pessoas tiram a vida anualmente no Brasil. É a quarta maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos - a terceira entre homens e a oitava entre mulheres. O boletim também mostra que é alta a taxa de suicídio entre idosos com mais de 70 anos. Nessa faixa etária, foi registrada uma média de 8,9 mortes a cada 100 mil habitantes nos últimos seis anos. A média nacional é de 5,5 a cada 100 mil. O índice de suicídio entre homens jovens e indígenas também é alto.
Com base dos dados do boletim, o Ministério da Saúde se propôs a atingir a meta da OMS, que pretende reduzir a taxa de suicídios em 10% até 2020. Entre as ações, destacam-se a capacitação de profissionais, a orientação para a população e jornalistas, a expansão da rede de assistência em saúde mental nas áreas de maior risco e o monitoramento anual dos casos no País e a criação de um Plano Nacional de Prevenção do Suicídio. Desde 2011, a notificação de tentativas e óbitos é obrigatória no Brasil em até 24h.
O diagnóstico registrou que, entre 2011 e 2016, ocorreram 62.804 mortes por suicídio, a maioria (62%) por enforcamento. O Rio Grande do Sul tem a maior taxa de óbitos, com 10,3 mortes por 100 mil habitantes. O Estado é seguido por Santa Catarina e Mato Grosso do Sul que, no período estudado, apresentaram, respectivamente, índices de 8,8 e 8,5 mortes por 100 mil habitantes.
Os homens concretizaram o ato mais do que as mulheres, correspondendo a 79% do total de óbitos registrados. Solteiros, viúvos e divorciados foram os que mais morreram (60,4%). Na comparação entre raça e cor, a maior incidência é na população indígena. A taxa de mortalidade entre os índios é quase três vezes maior (15,2) do que a registrada entre brancos (5,9) e negros (4,7). Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio é maior entre os homens, cuja taxa é de nove mortes por 100 mil habitantes. Entre as mulheres, o índice é quase quatro vezes menor (2,4 por 100 mil).
O documento mostra, ainda, que, entre 2011 e 2016, ocorreram 48.204 tentativas de suicídio. Foram as mulheres que atentaram mais contra a própria vida, 69% do total. Entre elas, um terço fez isso mais de uma vez. Por raça e cor, a população branca (53,2%) registrou maior taxa. Do total de tentativas entre homens, 31,1% tinham entre 20 e 29 anos. Além disso, 58% das pessoas que tentaram suicídio utilizaram substâncias que provocaram envenenamento ou intoxicação.
Entre os fatores de risco para o suicídio estão transtornos mentais, como depressão, alcoolismo, esquizofrenia; questões sociodemográficas, como isolamento social; psicológicos, como perdas recentes; e condições clínicas incapacitantes, como lesões desfigurantes, dor crônica e neoplasias malignas.
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