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Publicada em 02 de Setembro de 2017 às 16:19

Zootecnista explica o que é a extinção das abelhas

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A ameaça de extinção das abelhas, que ganha cada vez mais atenção devido aos riscos à vida de animais, vegetais e seres humanos, virou assunto no Leite com Café, programa de webvídeo que estreou na Expointer 2017 na Casa JC, no Parque Assis Brasil, em Esteio. A zootecnista e apicultora Maristela Mendonça Krügel explicou que o termo técnico usado é Distúrbio do Colapso das Colmeias (DCC), que traduz a mortalidade maciça dos insetos.
A ameaça de extinção das abelhas, que ganha cada vez mais atenção devido aos riscos à vida de animais, vegetais e seres humanos, virou assunto no Leite com Café, programa de webvídeo que estreou na Expointer 2017 na Casa JC, no Parque Assis Brasil, em Esteio. A zootecnista e apicultora Maristela Mendonça Krügel explicou que o termo técnico usado é Distúrbio do Colapso das Colmeias (DCC), que traduz a mortalidade maciça dos insetos.
A denominação surge entre 2006 e 2007, quando houve mortalidade muito expressiva, com perda de 30% a 60% das colmeias na Califórnia, nos Estado Unidos, não só aquelas criadas por apicultores, mas as silvestres. No Texas, chegou a mais de 70% de perdas. "Isso é drástico", diz Maristela. Quando a abelha morre, tem impacto para toda a cadeia, pois restam poucos indivíduos e a rainha. "Um pequeno número fica, na colmeia há funções bem definidas e com perdas na manutenção da vida. Primeiro relato de extinção é de 1860, na Europa.
No Brasil, houve caso documentado, em 2012, em Dourados, em Mato Grosso do Sul, com a morte de 70 colmeias que foi associada ao DCC. O risco, alerta a zootecnista, está presente. "A abelha é responsável por 40% das polinizações", cita Maristela que é também consultora do Sebrae e instrutora do Senar. "Esta situação afeta a cadeia dos animais que estão aqui na feira, pois a abelha poliniza o trevo, uma das pastagens mais usadas", exemplifica.
As causas dessa extinção incluem desde a maior urbanização, desmatamentos, que retiram os habitats naturais das abelhas, e uso de agroquímicos. No Sul, Maristela di que há menos registros, pois há muita área verde. A zooctenista diz que as pessoas podem ajudar conhecendo o problema e até criando abelhas sem ferrão, que são as meliponas ou trigonas. Os enxames podem ser mantidos em jardins, com flores, pouca poluição. Na Expointer, a Emater está mostrando como ter as colmeias em casa.

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