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Economia

- Publicada em 27 de Setembro de 2017 às 22:24

Bacia de Pelotas fica sem interessados na 14ª Rodada de Licitações

Foram arrematados, por 17 empresas, 37 blocos para exploração e produção de petróleo e gás natural

Foram arrematados, por 17 empresas, 37 blocos para exploração e produção de petróleo e gás natural


/TÂNIA RÊGO/AGÊNCIA BRASIL/JC
Mais uma vez, a Bacia de Pelotas (que compreende em torno de 210 mil quilômetros quadrados e se estende do Sul de Santa Catarina até a fronteira com o Uruguai, abrangendo toda a costa gaúcha) não atraiu interessados em um leilão promovido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). No total, foram oferecidos seis blocos dessa área na 14ª Rodada de Licitações de Áreas de Petróleo e Gás Natural, com valores de bônus para o arremate que variaram de R$ 8,6 milhões a R$ 11,2 milhões.
Mais uma vez, a Bacia de Pelotas (que compreende em torno de 210 mil quilômetros quadrados e se estende do Sul de Santa Catarina até a fronteira com o Uruguai, abrangendo toda a costa gaúcha) não atraiu interessados em um leilão promovido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). No total, foram oferecidos seis blocos dessa área na 14ª Rodada de Licitações de Áreas de Petróleo e Gás Natural, com valores de bônus para o arremate que variaram de R$ 8,6 milhões a R$ 11,2 milhões.
O diretor da consultoria ES-Petro, Edson Silva, argumenta que ainda são poucos os dados e os estudos geológicos feitos sobre a Bacia de Pelotas. Essa situação aumenta o receio das empresas investirem no local. Silva recorda que nas últimas seis vezes em que a região foi colocada em um leilão, em apenas uma houve blocos arrematados. A vencedora foi a Petrobras, em 2006, mas a estatal sequer chegou a perfurar um poço até agora.
O doutor em geologia e assessor de pesquisa do Instituto do Petróleo e de Recursos Naturais da Pucrs, José Cupertino, ressalta que a indústria do petróleo trabalha com fator de risco e a Bacia de Pelotas representa um elevado risco. No entanto, o especialista frisa que, como a perspectiva é de que mais dados sejam colhidos futuramente, não é preciso perder as esperanças que ainda ocorra exploração de petróleo ou gás na região.
A 14ª Rodada de Licitações de Áreas de Petróleo e Gás Natural arrecadou R$ 3,842 bilhões, com um ágio de 1.556,05%. O valor superou a expectativa de R$ 1 bilhão do Ministério de Minas e Energia e de R$ 500 milhões da ANP. Foram arrematados 37 blocos para exploração e produção de petróleo e gás natural
O último setor ofertado no certame foi o mais disputado e um dos blocos atingiu o valor de R$ 2,24 bilhões, em oferta do consórcio formado pela Petrobras e ExxonMobil. O bloco 346, adquirido pelo consórcio, está localizado no setor SC-AP3, na Bacia de Campos, considerado o "filé mignon" do leilão. O setor foi o único a vender todos os blocos ofertados e o último a ser leiloado. O valor dos bônus da última área ofertada soma R$ 3,591 bilhões.
Participaram 20 empresas, originárias de oito países, das quais 17 arremataram blocos, sendo 10 nacionais e sete estrangeiras. A assinatura dos contratos está prevista para ocorrer até o dia 31 de janeiro de 2018. A previsão de investimentos do Programa Exploratório Mínimo - conjunto de atividades a ser cumprido pelas empresas vencedoras na primeira fase do contrato - é de R$ 845 milhões.
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