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- Publicada em 27 de Setembro de 2017 às 18:26

Crédito não vai crescer em 2017, diz Banco Central

Com uma recuperação mais lenta do que a esperada para os financiamentos tomados por empresas, o Banco Central (BC) reduziu sua projeção para o crédito em 2017 de um crescimento de 1%, que foi o percentual divulgado há três meses, para estabilidade.
Com uma recuperação mais lenta do que a esperada para os financiamentos tomados por empresas, o Banco Central (BC) reduziu sua projeção para o crédito em 2017 de um crescimento de 1%, que foi o percentual divulgado há três meses, para estabilidade.
Até o final de maio, a autoridade monetária considerava que o total de financiamentos tomados na economia iria subir 1%, no caso dos financiamentos imobiliários, empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) e crédito rural (os chamados recursos direcionados), e se manter estável para o restante dos empréstimos (recursos livres).
Com a demora de reação do crédito concedido a empresas, o crescimento do crédito direcionado, composto principalmente de pessoas jurídicas, foi revisto para uma queda de 0,5%. O do crédito livre, estimulado pela recuperação dos empréstimos a consumidores, foi projetado para alta de 0,5%.
"A recuperação esperada para o crédito das empresas demorou a ocorrer. Houve melhora, mas vemos que as condições de crédito ainda se revelam restritiva para as empresas", afirmou Fernando Rocha, chefe do Departamento de Estatística do BC.
O estoque total de operações de crédito do sistema financeiro caiu 0,1% em agosto ante julho, para R$ 3,046 trilhões. Em agosto de 2016, o estoque de operações de financiamento estava em R$ 3,115 trilhões. Em 12 meses, houve baixa de 2,2% e, no acumulado deste ano, queda de 1,9%.
Houve redução de 1% para pessoas jurídicas em agosto ante julho, queda de 7,0% no ano e recuo de 8,8% em 12 meses. No caso de pessoas físicas, os dados mostraram avanço de 0,7% no saldo em agosto, alta de 3,2% no ano e avanço de 4,6% em 12 meses.
Apesar de as taxas de juros ao consumidor e empresas terem caído no mês passado, os novos empréstimos se mantiveram estáveis na comparação com julho, mostram dados do Banco Central divulgados ontem.
As concessões de financiamento somaram R$ 12,2 bilhões em agosto na média diária, mesmo valor registrado em julho.
A taxa média de juros cobrada dos consumidores com recursos livres - que não incluem financiamentos imobiliários, empréstimos do Bndes e crédito rural - caiu de 63,8% ao ano para 62,3% ao ano entre julho e agosto. No caso das empresas, a redução foi de 25,3% para 24,4%.
Sempre na mesma comparação, o spread (diferença entre o que os bancos pagam para captar e o que cobram na ponta) médio de consumidores e empresas se reduziu em 0,7 ponto percentual.
A inadimplência se manteve inalterada para consumidores e empresas - em 5,7% e 5,5%, respectivamente.
O juro médio total cobrado no rotativo do cartão de crédito caiu 1,6 ponto percentual de julho para agosto, segundo o levantamento do BC. Com isso, a taxa passou de 399% em julho (dado revisado ante os 399,1% anteriores) para 397,4% ao ano em agosto.
O juro do rotativo é a taxa mais elevada do crédito para pessoa física e também a mais alta entre todas as avaliadas pelo BC. Dentro desta rubrica, a taxa da modalidade rotativo regular caiu de 223,8% para 221,4% ao ano de julho para agosto. Esse é o juro cobrado dos clientes que usam o rotativo do cartão por até 30 dias e que fazem o pagamento mínimo da fatura em dia.
Já a taxa de juros da modalidade rotativo não regular subiu pelo quarto mês seguido e passou de 504% para 506,1% ao ano. O rotativo não regular inclui operações em que o pagamento mínimo da fatura não foi realizado ou há atraso no pagamento.
No caso do parcelado com juros, ainda dentro de cartão de crédito, o juro subiu 1,3 ponto percentual de julho para agosto, passando de 159,7% para 161% ao ano. Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 89,2% para 87,5% de julho para agosto.
Em abril, começou a valer a nova regra que obriga os bancos a transferir, após um mês, a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos. A intenção do governo com a nova regra é permitir que a taxa de juros para o rotativo do cartão de crédito recue, já que o risco de inadimplência, em tese, cai com a migração para o parcelado.

Juro do rotativo do cartão cai a 397,4% em agosto

Regra em vigor desde 2017 visa reduzir o tamanho das dívidas

Regra em vigor desde 2017 visa reduzir o tamanho das dívidas


MARCELO G. RIBEIRO/JC
O juro médio total cobrado no rotativo do cartão de crédito caiu 1,6 ponto porcentual de julho para agosto, informou ontem o Banco Central (BC). Com isso, a taxa passou de 399% em julho (dado revisado ante os 399,1% anteriores) para 397,4% ao ano em agosto.
O juro do rotativo é a taxa mais elevada do crédito para pessoa física e também a mais alta entre todas as avaliadas pelo BC. Dentro desta rubrica, a taxa da modalidade rotativo regular caiu de 223,8% para 221,4% ao ano de julho para agosto. Esse é o juro cobrado dos clientes que usam o rotativo do cartão por até 30 dias e que fazem o pagamento mínimo da fatura em dia.
Já a taxa de juros da modalidade rotativo não regular subiu pelo quarto mês seguido e passou de 504% para 506,1% ao ano. O rotativo não regular inclui operações em que o pagamento mínimo da fatura não foi realizado ou há atraso no pagamento.
No caso do parcelado com juros, ainda dentro de cartão de crédito, o juro subiu 1,3 ponto percentual de julho para agosto, passando de 159,7% para 161% ao ano. Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 89,2% para 87,5% de julho para agosto.
Em abril, começou a valer a nova regra que obriga os bancos a transferir, após um mês, a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos. A intenção do governo com a nova regra é permitir que a taxa de juros para o rotativo do cartão de crédito recue, já que o risco de inadimplência, em tese, cai com a migração para o parcelado.