Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 27 de Setembro de 2017 às 13:47

Bolsas da Europa fecham em alta com reação a discurso de presidente do Fed

Agência Estado
Os mercados acionários europeus fecharam em alta nesta quarta-feira (27), ajudados por papéis de instituições financeiras, que reagiram positivamente ao discurso da presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Janet Yellen. Além disso, os investidores operaram na expectativa com detalhes da proposta de reforma tributária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Os mercados acionários europeus fecharam em alta nesta quarta-feira (27), ajudados por papéis de instituições financeiras, que reagiram positivamente ao discurso da presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Janet Yellen. Além disso, os investidores operaram na expectativa com detalhes da proposta de reforma tributária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O índice pan-europeu Stoxx-600 fechou em alta de 0,42% (+1,61 ponto), aos 385,64 pontos.
Os comentários de Yellen sobre a política monetária norte-americana e o nível de inflação nos EUA ocorreram quando as bolsas europeias já estavam fechadas. Na terça-feira, a presidente do Fed defendeu o gradualismo em relação ao aperto monetário que a instituição vem implementando e afirmou que seria "imprudente" deixar a política inalterada enquanto a inflação não chega à meta de 2%. Com isso, a porta continua aberta para uma nova elevação nos juros em 2017.
De acordo com os contratos dos Fed funds, compiladas pelo CME Group, a possibilidade de uma alta em dezembro está acima dos 80%. Juros mais elevados tendem a satisfazer ações de bancos e de seguradoras. Não à toa, o subíndices bancário do Stoxx-600 fechou em alta de 1,98%; já o de seguradoras avançou 1,19%.
Os mercados, no entanto, encontraram em Trump um motivo para apoiarem sua alta. Nesta quarta-feira, novos detalhes sobre a reforma tributária que ele deseja implementar serão revelados às 16 horas (de Brasília).
A equipe econômica do republicano não trabalhou sozinha desta vez. Além do secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e do diretor do Conselho Econômico Nacional, Gary Cohn, fizeram parte da equipe de redação da proposta o presidente da Câmara, Paul Ryan, e o líder republicano no Senado, Mitch McConnell.
No noticiário corporativo, as ações da Alstom dispararam 4,25%, enquanto as da Siemens subiram 1,45%, apoiadas pela notícias de fusão das duas gigantes do setor ferroviário, a fim de criar o que vem sendo chamado de "Airbus dos trens" de alta tecnologia.
A Siemens irá ceder suas atividades à companhia francesa, que, em troca, fará um aumento de capital na empresa alemã de até 50% Juntas, as empresas movimentam 15 bilhões de euros. Na Finlândia, a empresa de energia Fortum (+0,91%) fará uma oferta pública de 8,05 bilhões de euros para adquirir a Uniper (-0,54%)
No ramo político europeu, o presidente da França, Emmanuel Macron, apresentou seu primeiro orçamento , na tentativa de impulsionar a presença do país na Europa, com uma redução no Estado e uma tentativa de fortalecer o crescimento. O orçamento para 2018 prevê que o déficit seja reduzido com cortes de gastos em áreas como habitação e em empregos patrocinados pelo governo
A projeção da equipe de Macron é de que o déficit diminua de 2,9% neste ano para 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018. Em Paris, o índice CAC-40 fechou em alta de 0,25%, aos 5.281,96 pontos. Entre os bancos, o Société Générale subiu 1,55%, o BNP Paribas ganhou 1,97% e o Crédit Agricole teve 2,24% de expansão
Na Alemanha, chanceler Angela Merkel começa as negociações para a formação de uma coalizão para o novo governo. Reportagens da mídia local apontam que o atual ministro de Finanças, Wolfgang Schäuble, deve se tornar o próximo presidente do Bundestag, o Parlamento alemão.
Com isso, as possibilidades de uma manutenção da Grande Coalizão, entre centro-direita e centro-esquerda permanecem vivas, já que a centro-esquerda havia manifestado interesse no cargo de ministro das Finanças anteriormente. Nesse cenário, o índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, fechou com valorização de 0,41%, aos 12.657,41 pontos. Entre os bancos, o Deutsche Bank subiu de 2,12% e o Commerzbank teve um salto de 2,51%.
O índice FTSE-Mib, da Bolsa de Milão, também foi favorecido pela perspectiva de avanço dos projetos fiscais de Trump nos EUA e pela perspectiva de juros maiores, fechando em alta de 0,85%, aos 22.622,19 pontos. O Intesa Sanpaolo avançou 0,54%, o Unicredit teve valorização de 2,74% e o Banco BPM saltou 4,20%.
No Reino Unido, a primeira-ministra Theresa May se disse desapontada com a decisão dos EUA de impor taxas à produção de asas de aeronaves da Bombardier, que são parcialmente fabricadas na Irlanda do Norte, e pediu que o país ajudasse a encontrar uma solução para a disputa entre a Boeing e a empresa de origem canadense. O imposto criado para compensar o que os EUA interpretaram como subsídio foi de 220%.
Na praça londrina, o índice FTSE-100 ganhou 0,38%, aos 7.313,51 pontos. Mineradoras acompanharam os preços dos metais básicos e contribuíram para o avanço: a Rio Tinto subiu 0,22% e a Anglo American teve alta de 1,24%. Além disso, bancos como Lloyds (+3,40%) e Barclays (+1,04) também sustentaram a alta da Bolsa de Londres.
O índice Ibex-35, da Bolsa de Madri, desprezou a cautela dos últimos pregões com o plebiscito do próximo domingo sobre a independência da Catalunha, e fechou em alta de 1,76%, aos 10 368,90 pontos. Já na Bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 subiu 0,32%, aos 5.333,61 pontos.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO