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Economia

- Publicada em 25 de Setembro de 2017 às 14:37

Bolsas da Europa fecham sem direção única, após eleições gerais na Alemanha

Agência Estado
Os mercados acionários europeus fecharam sem direção única nesta segunda-feira, digerindo os resultados de eleições gerais na Alemanha e de eleições indiretas para o Senado francês. Uma nova rodada de negociações da saída do Reino Unido da União Europeia e o discurso do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, também estiveram no radar dos investidores.
Os mercados acionários europeus fecharam sem direção única nesta segunda-feira, digerindo os resultados de eleições gerais na Alemanha e de eleições indiretas para o Senado francês. Uma nova rodada de negociações da saída do Reino Unido da União Europeia e o discurso do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, também estiveram no radar dos investidores.
O índice pan-europeu Stoxx-600 fechou em alta de 0,26% (+1,00 ponto), aos 384,22 pontos.
A política esteve no centro das atenções dos negócios europeus nesta segunda-feira, após o resultado eleitoral na Alemanha. Como esperado, a chanceler Angela Merkel foi reconduzida ao cargo pelo quarto mandato consecutivo. No entanto, a vitória não garantiu a maioria absoluta no Parlamento ao seu partido, fazendo com que seja obrigatória uma coalizão, que não deve contar com os social-democratas, que anunciaram oposição ao novo governo. Nesse cenário, também pesa a força adquirida pelo partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), com 13% dos votos, simbolizando o retorno de um partido ultraconservador ao Bundestag , o Parlamento alemão, desde a Segunda Guerra Mundial.
Na bolsa de Frankfurt, o índice DAX fechou em alta de 0,02%, aos 12.594,81 pontos, apesar do cenário político adverso, com bancos como Commerzbank (-1,78%) e Deutsche Bank (-1,69%) entre as maiores perdas da sessão. Único indicador relevante do dia, o sentimento das empresas caiu de 115,9 em agosto para 115,2 em setembro na Alemanha, de acordo com o instituto IFO, enquanto analistas consultados pelo Wall Street Journal previam estabilidade. Para a consultoria Pantheon, apesar de o relatório vir "moderadamente decepcionante", indica um crescimento robusto, ao mostrar que, apesar do sentimento de fabricação ter diminuído, o sentimento na construção aumentou ainda mais, "ressaltando que a atividade de construção continuará sendo um importante motor de investimento principal".
A França também teve seu dia de eleições neste domingo - que foi marcado por uma derrota do presidente Emmanuel Macron. Na disputa indireta ao Senado do país, o République en Marche!, partido do presidente, acabou derrotado para o conservador Republicanos, que se encaminha para manter maioria na Casa. Nesse ambiente, torna-se mais complexa a aprovação de reformas por parte de Macron, que pretende realizar uma votação da reforma trabalhista ainda neste ano. Com essa perspectiva, bancos pesaram no índice CAC-40, que fechou em baixa de 0,27%, aos 5.267,13 pontos. O Société Générale perdeu 1,56% e o BNP Paribas cedeu 1,44%.
A política também domina as atenções na Espanha. Enquanto autoridades catalãs mantêm um esforço para a realização de um plebiscito em 1º de outubro sobre a independência da região, o governo espanhol continua suas ações para reprimir o movimento. Funcionários ligados à votação já foram presos na Catalunha e milhões de cédulas foram apreendidas. Protestos a favor da votação continuam a ocorrer na Catalunha, enquanto bancos da região têm sido fortemente pressionados: nesta segunda-feira, o Banco de Sabadell baixou 1,16% e o CaixaBank despencou 3,79%.
Já no Reino Unido, o Brexit volta a todo vapor. Nesta segunda-feira, o ministro britânico encarregado do assunto, David Davis, e o principal negociador da União Europeia, Michel Barnier, voltaram à mesa de negociações. O movimento vem após um discurso da premiê britânica, Theresa May, na sexta-feira, com um tom conciliador em relação ao processo de separação. O discurso, no entanto, não impediu a agência de classificado de risco Moody's de rebaixar a nota soberana do Reino Unido de Aa1 para Aa2 e alterar a perspectiva do rating de negativa para estável. O rebaixamento, realizado na última sexta-feira, é devido à perspectiva de enfraquecimento das políticas públicas britânicas e à desaceleração econômica em curso, de acordo com a agência. De acordo com os analistas do Commerzbank, "enquanto a questão das relações econômicas UE-Reino Unido é vital para os britânicos, é de menor importância para os políticos europeus", o que enfraquece a posição de negociação britânica.
Na bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em queda de 0,13%, aos 7.301,29 pontos. Os papéis da Tullow Oil tiveram valorização de 7,12% após a companhia ter anunciado que irá reiniciar a exploração de petróleo em Gana depois de uma disputa territorial a seu favor, estabelecida pelo Tribunal Internacional do Direito do Mar, com sede em Hamburgo.
Na bolsa de Milão, o índice FTSE-Mib fechou em baixa de 0,63%, aos 22.389,57 pontos, enquanto o índice PSI-20, da bolsa de Lisboa, avançou 0,06%, aos 5.313,09 pontos.
As ações de companhias turcas também sofreram queda nesta segunda-feira. O índice IMKB-100, da bolsa de Istambul, cedeu 1,78%, aos 102.270,17 pontos. De acordo com o economista-sênior de mercados emergentes da Capital Economics, William Jackson, "as preocupações com o plebiscito de independência do Curdistão, que se realiza nesta segunda-feira, resultaram nessa queda acentuada. No entanto, qualquer impacto na economia real da Turquia a partir da votação provavelmente será mínimo".
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