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Economia

- Publicada em 21 de Setembro de 2017 às 18:29

Acusação de Funaro de que Temer recebeu propina fortalece dólar

Agência Estado
O dólar acelerou os ganhos ante o real nesta tarde de quinta-feira (21), depois da notícia de que o doleiro Lúcio Bolonha Funaro afirmou em depoimento à Procuradoria-geral da República (PGR) que o presidente Michel Temer foi um dos destinatários de propina paga pela Odebrecht e Andrade Gutierrez em uma obra da estatal Furnas no Rio Madeira, em Porto Velho, Rondônia. O movimento de alta já vinha desde cedo diante da cautela com o cenário geopolítico, após os EUA anunciar novas sanções contra a Coreia do Norte. Além disso, os investidores seguiram digerindo a possibilidade de o Federal Reserve (Fed) elevar os juros neste ano.
O dólar acelerou os ganhos ante o real nesta tarde de quinta-feira (21), depois da notícia de que o doleiro Lúcio Bolonha Funaro afirmou em depoimento à Procuradoria-geral da República (PGR) que o presidente Michel Temer foi um dos destinatários de propina paga pela Odebrecht e Andrade Gutierrez em uma obra da estatal Furnas no Rio Madeira, em Porto Velho, Rondônia. O movimento de alta já vinha desde cedo diante da cautela com o cenário geopolítico, após os EUA anunciar novas sanções contra a Coreia do Norte. Além disso, os investidores seguiram digerindo a possibilidade de o Federal Reserve (Fed) elevar os juros neste ano.
De acordo com um profissional do mercado, a notícia envolvendo Temer gerou cautela principalmente entre os investidores estrangeiros. Para o diretor de câmbio da Abrão Filho, Fernando Oliveira, "a notícia pesa no mercado no sentido que atrasa as reformas estruturais e desgasta politicamente o governo, o que dificulta ainda mais a chance de aprovação da reforma da Previdência".
Em nota, o Planalto rebateu a acusação do doleiro Funaro, conhecido como operador do PMDB da Câmara, dizendo que ele "mais uma vez desinforma as autoridades do Ministério Público Federal", acrescentando que "Funaro continua espalhando mentiras e inverdades de forma contumaz".
O dólar já vinha em alta desde mais cedo em meio à cautela geopolítica. Hoje, o presidente americano, Donald Trump, anunciou novas medidas contra a Coreia do Norte ao assinar um decreto que autoriza o Departamento do Tesouro dos EUA impor uma gama de sanções, como suspender o acesso à conta correspondente nos EUA de qualquer banco estrangeiro que realize ou facilite transações ligadas ao comércio com Pyongyang.
Diante disso, o dólar subiu ante a maioria das moedas emergentes em uma busca maior por segurança. O índice do Dólar - que mensura a divisa dos EUA ante outras moedas fortes - também sinalizou busca por proteção. No entanto, o comportamento do dólar ante o iene - que é considerado um porto seguro - foi positivo. De acordo com profissionais do mercado, este destaque refletiu ainda a percepção do mercado de que os juros nos EUA podem realmente subir em dezembro, como sugeriu o Fed ontem.
No mercado à vista, o dólar fechou em alta de 0,38%, aos R$ 3,1423. O giro financeiro somou US$ 1,54 bilhão. Na mínima, a moeda ficou em R$ 3,1257 (-0,15%) e, na máxima, aos R$ 3,1471 (+0,53%).
No mercado futuro, o dólar para outubro subiu 0,16%, aos R$ 3,1420. Durante o pregão, a divisa oscilou de R$ 3,1420 (+0,15%) a R$ 3,1510 (+0,44%).
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