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Mercado de Capitais

- Publicada em 18 de Setembro de 2017 às 21:51

Bancos revisam projeções para ofertas de ações

Magazine Luiza e Azul Linhas Aéreas estão entre as empresas que preparam lançamento de novos papéis ainda no decorrer deste ano

Magazine Luiza e Azul Linhas Aéreas estão entre as empresas que preparam lançamento de novos papéis ainda no decorrer deste ano


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Os primeiros sinais de melhora da economia e o Ibovespa em constante escalada levaram os bancos de investimento a elevarem suas projeções para o volume de ofertas de ações neste ano. A fila de empresas para emitir ações vem crescendo dia a dia, com muitas querendo colocar ofertas bilionárias na rua ainda neste ano.
Os primeiros sinais de melhora da economia e o Ibovespa em constante escalada levaram os bancos de investimento a elevarem suas projeções para o volume de ofertas de ações neste ano. A fila de empresas para emitir ações vem crescendo dia a dia, com muitas querendo colocar ofertas bilionárias na rua ainda neste ano.
Os números estão mais otimistas e sugerem que, em 2017, o volume movimentado pode chegar perto de R$ 50 bilhões, o que, se confirmado, significará o melhor ano para ofertas de ações no Brasil desde 2007, quando esse mercado movimentou R$ 70 bilhões. Isso, é claro, desconsiderando a mega-capitalização de R$ 120 bilhões da Petrobras em 2009, que distorce os números.
Até o momento, o giro das emissões de ações, incluindo as ofertas iniciais (IPO, na sigla em inglês) e as subsequentes (follow on) somam mais de R$ 26 bilhões. Para setembro e outubro, estão engatilhadas as aberturas de capital de Camil e Tivit, além do re-iPO de Vulcabrás e Eneva. Já o movimento de alta do Ibovespa incentivou ainda Magazine Luiza e Azul (a última já precificou na semana passada) a lançarem suas ofertas subsequentes. Depois de passada essa janela, mais empresas são aguardadas para ofertas no final de ano, quando uma nova janela se abrirá. Esse volume pode crescer, assim, com as candidatas BR Distribuidora, Neoenergia, Burger King Brasil e Algar Telecom.
No Morgan Stanley, por exemplo, as projeções, que estavam até pouco tempo em R$ 40 bilhões, subiram para R$ 50 bilhões. "Existe uma percepção de governabilidade e, ainda, que o governo a ser eleito em 2018 será de centro", destaca o responsável pelo banco de investimento do Morgan Stanley no Brasil, Alessandro Zema. Conta a favor, ainda, o cenário de queda de juros, inflação baixa, além, é claro, do excesso de liquidez global, o que vem beneficiando as captações das empresas brasileiras.
O movimento não foi diferente no Bank of America Merrill Lynch, que acaba de elevar sua estimativa de um intervalo de R$ 40 bilhões a R$ 45 bilhões também para R$ 50 bilhões em 2017. "O mercado está mais agitado, e os diálogos com as empresas estão muito mais frequentes. As ofertas estão saindo da gaveta e voltando para a mesa", afirma o responsável pelo banco de investimento do Bank of America Merrill Lynch no Brasil, Hans Lin.
Com as ofertas que estão no pipeline, o diretor de renda variável do Bradesco BBI, Glenn Mallett, calcula que o volume já soma R$ 46 bilhões para o ano: "R$ 50 bilhões não é exagero. Hoje, há uma série de fatores que estão convergindo, e, mundialmente, o mercado de capitais está robusto".
 

Petrobras faz nova emissão no exterior

A Petrobras anunciou emissão de títulos no mercado exterior, sendo uma emissão nova e duas de gerenciamento de passivos. A subsidiária Petrobras Global Finance (PGF) planeja oferecer títulos no mercado norte-americano e global em uma nova emissão, sujeita às condições de mercado, com vencimentos em 2025 e 2028, limitados a US$ 1 bilhão cada.
Os títulos terão garantia da Petrobras e são voltados a investidores institucionais qualificados. Há ainda duas ofertas de gerenciamento de passivos ("liability management") para repactuar cinco séries de títulos antigos por novos títulos com prazo mais longo ou para recomprá-los.
A oferta de repactuação expira às 17h, de Nova Iorque, no próximo dia 22 de setembro, mesmo prazo para a oferta de recompra, pela qual os investidores poderão revender seus títulos para a PGF, até o limite de limite de US$ 500 milhões de principal. Ambas as ofertas de repactuação e recompra estão condicionadas à nova emissão.

Tesouro Direto lança simulador de investimentos

O Tesouro Direto está lançando uma campanha focada em educação financeira e vai disponibilizar um simulador para quem deseja investir em títulos públicos por meio do programa. A ferramenta vai permitir que todos façam simulações e descubram o rendimento que obterão a partir de uma aplicação mensal, ou ainda qual é o aporte necessário para obter o retorno desejado. A campanha inclui também a abertura de 8 mil vagas no curso sobre o Tesouro Direto, metade delas ainda neste mês.
A campanha "Transformação pelo conhecimento" visa a "difundir o conhecimento para que o investidor possa tomar uma decisão racional e independente com base em seu perfil, desejos e possibilidades", afirma o Tesouro Nacional em nota.
O simulador estará disponível no site do programa Tesouro Direto a partir de quinta-feira. Para quem não sabe em qual título investir, a ferramenta vai indicar o melhor papel para aplicar com base em poucas perguntas. Escolhido o título, o investidor poderá fazer dois tipos de simulação: fixando os aportes mensais para descobrir quanto receberá no fim de um certo período, ou traçando a meta de quanto gostaria de resgatar em determinado momento do futuro para saber o valor que precisa aplicar mês a mês até chegar lá.
Além de realizar simulações com depósitos mensais, a ferramenta também permite fazer o cálculo com aporte único ou com uma combinação de aporte inicial e parcelas mensais regulares.