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Economia

- Publicada em 15 de Setembro de 2017 às 18:24

Mercado ignora cenário político e dólar fecha em baixa com fluxo estrangeiro

Agência Estado
O dólar arrefeceu os ganhos nesta tarde de sexta-feira (15), e terminou em queda ante o real em meio a uma entrada acentuada de dólares no País com destino à bolsa, que chegou próximo ao patamar dos 76 mil pontos, diante do otimismo do mercado com o cenário econômico. Houve também um enfraquecimento nas operações em relação à rolagem de swap cambial anunciado pelo Banco Central. A segunda denúncia protocolada ontem pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer não influenciou os negócios.
O dólar arrefeceu os ganhos nesta tarde de sexta-feira (15), e terminou em queda ante o real em meio a uma entrada acentuada de dólares no País com destino à bolsa, que chegou próximo ao patamar dos 76 mil pontos, diante do otimismo do mercado com o cenário econômico. Houve também um enfraquecimento nas operações em relação à rolagem de swap cambial anunciado pelo Banco Central. A segunda denúncia protocolada ontem pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer não influenciou os negócios.
De acordo com o operador da corretora Multimoney Durval Corrêa, o mercado tem olhando mais para a melhora econômica do País. Pela manhã, o dólar chegou a subir com mais força em um movimento de ajuste impulsionado pela rolagem parcial dos contratos de swap cambial pelo Banco Central que pode totalizar até US$ 6,0 bilhões, dos quase US$ 10,0 bilhões a vencer no início de outubro.
De acordo com o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, após o mercado digerir o tamanho da rolagem de swap cambial, o dólar ficou enfraquecido. "Ainda que seja parcial, com uma rolagem de 60% do valor total, o BC tira a pressão que o dólar vinha tendo, após um mês (de setembro) sem rolagem", pontuou. Galhardo acrescentou que, embora não seja completa, como o valor total é o maior do ano, o valor diário que será injetado no mercado é relevante. "Querendo ou não, o mercado, que já vinha com liquidez robusta, poderá contar com mais US$ 600 milhões por dia", explicou.
Em meio a isso, o cenário político, mais uma vez, ficou em segundo plano. Temer foi denunciado ontem por Janot por obstrução da Justiça e organização criminosa no âmbito das delações dos executivos do grupo J&F. Além disso, a denúncia utiliza os elementos colhidos pela Polícia Federal em investigação sobre o chamado "quadrilhão do PMDB da Câmara".
Nem mesmo a constatação de que esse imbróglio pode atrasar o andamento da votação da reforma da Previdência foi capaz de pesar no humor dos investidores. Isso porque o mercado interpreta que, como Temer saiu vitorioso na primeira denúncia, em junho, também terá ganhos na segunda.
Um gerente de mesa de derivativos observou que o fato de Janot ter protocolado duas denúncias de uma só vez, que envolve outros partidos, acabou beneficiando Temer. "Tem tantos políticos envolvidos que eles terão que entrar num acordo e vai acabar não acontecendo nada", apontou.
No mercado à vista, o dólar fechou em baixa de 0,11%, aos R$ 3,1132. O giro financeiro somou US$ 1,58 bilhão. Na mínima, a moeda ficou em R$ 3,1122 (-0,12%) e, na máxima, aos R$ 3,1322 (+0,50%). Na semana, o dólar terminou com ganho de 0,65%.
No mercado futuro, o dólar para outubro caiu 0,24%, aos R$ 3,1185. O volume financeiro movimentado somou US$ 16,94 bilhões. Durante o pregão, a divisa oscilou de R$ 3,1180 (-0,25%) a R$ 3,1390 (+0,41%).
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