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comércio exterior

- Publicada em 14 de Setembro de 2017 às 20:16

Brasil e Argentina discutem facilitação de comércio

Para o ano, Abrão projeta repetir superávit de 2016

Para o ano, Abrão projeta repetir superávit de 2016


/FABIO RODRIGUES POZZEBOM/ABR/JC
Após a 5ª reunião da Comissão de Produção e Comércio entre Brasil e Argentina, o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), Abrão Neto, relatou que o encontro tratou de diversas questões de facilitação de comércio entre os dois países e sobre o Mercosul, incluindo o protocolo de compras governamentais no bloco.
Após a 5ª reunião da Comissão de Produção e Comércio entre Brasil e Argentina, o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), Abrão Neto, relatou que o encontro tratou de diversas questões de facilitação de comércio entre os dois países e sobre o Mercosul, incluindo o protocolo de compras governamentais no bloco.
"A previsão é de troca de ofertas já em setembro e o compromisso é de buscar a conclusão deste protocolo até o final do ano. Isso é importante porque o Mercosul também tem negociado este tema com a União Europeia", afirmou Neto. "No caso brasileiro, as compras governamentais representam 15% do PIB", acrescentou.
Segundo o secretário brasileiro, as compras de governos estaduais e de empresas estatais também estão na mesa de negociação, mas essa definição deve ocorrer apenas em outro momento. "Estamos interessados em um acordo profundo e ambicioso de compras públicas e estamos muito otimistas", completou o secretário de Comércio do Ministério da Produção da Argentina, Miguel Braun.
Entre os temas abordados na reunião, Neto citou um trabalho que envolve o Banco Interamericano de Desenvolvimento para identificar gargalos e aproximar projetos de janelas únicas de comércio exterior em desenvolvimento nos dois países. "Também pretendemos eliminar até o fim de 2018 o certificado de origem de papel, substituindo-o integralmente pela documentação eletrônica", afirmou.
Segundo Braun, o trabalho bilateral quer estimular que empresas brasileiras invistam "sem medo e trâmites excessivos" na Argentina, e vice-versa. Segundo ele, essa é a forma de se aproveitar o potencial produtivo conjunto dos países vizinhos.
"Estamos colocando o cimento de um edifício que será cada vez mais forte. Não é fácil sairmos juntos para negociar com outros países e blocos, não é simples simplificar o comércio no Mercosul para que as empresas pequenas possam vender dentro da região sem pagar altos custos", completou.
Questionado sobre o aumento do déficit comercial argentino, Braun admitiu que houve um crescimento significativo das importações de produtos brasileiros, mas ressaltou que as vendas para o Brasil também aumentaram. "O aumento do déficit com o Brasil está em linha com o a evolução do câmbio e da conjuntura macroeconômica. Nosso objetivo é aumentar as vendas ao exterior e as empresas exportadoras, incluindo as vendas para o Brasil", afirmou.
Braun também negou que o governo argentino planeje realizar uma reforma trabalhista a exemplo da brasileira. "A legislação trabalhista é uma discussão interna brasileira que repercute na Argentina, mas no curto prazo não há planos de se fazer uma reforma", completou.
 

Incentivo à exportação é saída para indústria, diz Weg

O presidente da Weg, Harry Schmelzer Júnior, acredita que políticas públicas de impulso à exportação seriam a melhor forma de estimular uma retomada da indústria brasileira e reduzir a capacidade produtiva ociosa. O executivo considerou que investimentos em infraestrutura são importantes, embora avalie que o impacto positivo na economia tenda a ocorrer de forma mais lenta.
"Tudo indica que a retomada vai ser lenta. Existe hoje uma expectativa de que a recuperação venha da infraestrutura, mas a indústria brasileira está muito ociosa, e o investimento em infraestrutura seria uma forma lenta demais de ocupar essa capacidade", afirmou Schmelzer Júnior. "As empresas brasileiras precisam ser mais motivadas a exportar", complementou.
O executivo considerou que o caso da Weg é relevante, por se tratar de uma empresa de bens de capital que tem hoje 57% de suas receitas vindas do exterior. "Mostra que, no Brasil, nós somos capazes de desenvolver tecnologia para exportação", concluiu.