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Economia

- Publicada em 14 de Setembro de 2017 às 19:34

Dólar cai a R$ 3,11 com aposta de denúncia mais fraca contra Temer e fluxo

Agência Estado
O dólar aprofundou as perdas ante o real nesta tarde de quinta-feira (14), e fechou no nível de R$ 3,11 diante da percepção de enfraquecimento da segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer. Ao mesmo tempo, movimentos técnicos contribuíram bastante para a movimento vendedor. No exterior, o dólar também perdeu força com novos desdobramentos envolvendo a Coreia do Norte, o que pressionou a moeda ante o real.
O dólar aprofundou as perdas ante o real nesta tarde de quinta-feira (14), e fechou no nível de R$ 3,11 diante da percepção de enfraquecimento da segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer. Ao mesmo tempo, movimentos técnicos contribuíram bastante para a movimento vendedor. No exterior, o dólar também perdeu força com novos desdobramentos envolvendo a Coreia do Norte, o que pressionou a moeda ante o real.
O mercado operou na expectativa com a segunda denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Temer por organização criminosa e obstrução de Justiça no caso envolvendo os executivos da J&F. Por volta das 17h30, a PGR protocolou a denúncia esperada.
As acusações contra o presidente têm como base delações dos executivos do grupo J&F, que entregaram à Procuradoria uma gravação de conversa com Temer no Palácio do Jaburu, e do operador Lúcio Funaro. Além disso, a denúncia utiliza os elementos colhidos pela Polícia Federal em investigação sobre o chamado "quadrilhão do PMDB da Câmara".
Investidores apontaram que a denúncia só surpreenderia caso trouxesse alguma novidade, uma vez que grande parte do material já é conhecida.
A PGR protocolou também a rescisão do acordo de delação dos executivos do grupo J&F e revogou a imunidade penal concedida inicialmente a Joesley Batista, dono do grupo, e aos demais executivos da empresa.
Diante disso, o diretor da Correparti Corretora, Ricardo Gomes, apontou que a nova denúncia contra Temer segue fraca, uma vez que as provas só serão validadas pela Justiça quando Temer já não estiver na Presidência, o que não atrapalharia uma aprovação da reforma da Previdência ainda neste ano.
Além disso, movimentos técnicos também pressionaram a moeda americana para baixo. Gomes observou a entrada acentuada de fluxo de investidores chineses pela via financeira, enquanto outros profissionais de mercado chamaram atenção para uma zerada de posições em meio a especulações sobre o anúncio de swaps do Banco Central.
O operador da corretora Multimoney Durval Corrêa avaliou também que o dólar atingiu patamar alto (R$ 3,15 no intraday de hoje) e que a tendência é devolver, uma vez que o mercado passou a olhar com outros olhos os acontecimentos políticos. "Diante da fraqueza do mercado, os investidores tentaram se ajustar para abaixo da Ptax, que fechou acima de R$ 3,13", acrescentou.
O movimento no exterior durante a tarde também contribuiu. Funcionários de Defesa do governo dos EUA disseram à rede de TV Fox News que a Coreia do Norte estaria se preparando para realizar um novo lançamento de mísseis. Diante disso, a busca por segurança aumentou - com destaque para o iene e euro -, o que levou a um enfraquecimento do dólar.
Voltando ao cenário interno, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) avançou 0,41% em julho ante junho, e ficou acima da mediana das estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast, de +0,19%, o que contribuiu no bom humor.
No mercado à vista, o dólar fechou em baixa de 0,70%, aos R$ 3,1165. O giro financeiro somou US$ 1,99 bilhão. Na mínima, a moeda ficou em R$ 3,1125 (-0,83%) e, na máxima, aos R$ 3,1514 (+0,41%).
No mercado futuro, o dólar para outubro recuou 0,49%, aos R$ 3,1260. O volume financeiro movimentado somou US$ 19,06 bilhões. Durante o pregão, a divisa oscilou de R$ 3,1195 (-0,70%) a R$ 3,1565 (+0,47%).
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