Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Agronegócios

- Publicada em 14 de Setembro de 2017 às 17:49

Agricultores já contrataramR$ 25 bilhões em crédito rural

Na comparação com 2016, crescimento é de 29% em valor

Na comparação com 2016, crescimento é de 29% em valor


/VALTRA/DIVULGAÇÃO/JC
Nos dois primeiros meses da safra agrícola 2017/2018, os médios e grandes agricultores contrataram R$ 25 bilhões em crédito bancário. O valor representa que foram aplicados, entre julho e agosto, cerca de 13% do total de recursos disponibilizados para o financiamento agropecuário, que é de R$ 188,4 bilhões. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um crescimento de 29% no valor.
Nos dois primeiros meses da safra agrícola 2017/2018, os médios e grandes agricultores contrataram R$ 25 bilhões em crédito bancário. O valor representa que foram aplicados, entre julho e agosto, cerca de 13% do total de recursos disponibilizados para o financiamento agropecuário, que é de R$ 188,4 bilhões. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um crescimento de 29% no valor.
Os dados foram divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As instituições financeiras liberaram 132.422 contratos de financiamento envolvendo crédito de custeio, comercialização e investimento. O desembolso nas operações de custeio e de comercialização atingiu R$ 20,7 bilhões, o que representa uma alta de 29% sobre igual período de 2016. As contratações de investimentos chegaram a R$ 4,4 bilhões, com crescimento de 30%.
As instituições públicas ofereceram, em julho e agosto, nas modalidades custeio, industrialização e comercialização, R$ 9,9 bilhões. Já os bancos privados somaram R$ 6,7 bilhões e as cooperativas de crédito, quase R$ 4 bilhões.
As contratações pela Letra de Crédito do Agronegócio atingiram R$ 5,3 bilhões. De acordo com a Secretaria de Política Agrícola, esse resultado decorre do aumento na emissão do título, criado com o objetivo de diversificar as fontes de financiamento do crédito rural.
 

Operação Carne Fraca derruba abate de bovinos

A Operação Carne Fraca, deflagrada em março pela Polícia Federal, contribuiu para a mudança de hábito dos brasileiros em relação ao consumo de carne. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os brasileiros estão consumindo mais carne de porco e menos carne bovina. O abate de suínos atingiu seu melhor segundo trimestre desde o início da série histórica, em 1997, com 10,62 milhões de cabeças entre abril e junho de 2017. O de bovinos, por sua vez, caiu 3,7% em relação ao mesmo período de 2016, e o de frangos recuou 4,5% na mesma comparação.
O resultado do segundo trimestre deste ano, explica o IBGE, sofreu influência da Operação Carne Fraca - relacionada a alguns dos principais produtores de carne do País. O desdobramento da ação foi um dos fatores que causaram forte queda da produção em abril.
"Alguns estabelecimentos tiveram paralisações em abril, inclusive com férias coletivas. Tivemos quedas na produção de todos os tipos de carne. No mês de maio, tivemos uma retomada a níveis anteriores, quando os frigoríficos paralisados voltaram à atividade normal", explicou Angela Lordão, supervisora da Atividade Pecuária do IBGE. Ainda segundo o IBGE, o crescimento na produção suína tem o impacto do aumento significativo na exportação e na mudança no gosto do brasileiro, que passou a consumir mais carne de porco. A alteração pode ser explicada também pelo preço menor em relação aos cortes bovinos, normalmente os preferidos pelas famílias.

Projeto trará pesquisa aplicada e capacitação a agricultores da Serra

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação, por meio do seu Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (Seapi-DDPA), assina, nesta sexta-feira, convênio com o Senar-RS, a Emater/RS-Ascar e a Universidade de Caxias do Sul para implantar o Projeto Integrado de Pesquisa Agrícola e Capacitação de Agricultores, Técnicos e Extensionistas Rurais na serra gaúcha. A assinatura será realizada no Palácio Piratini, com a presença do governador José Ivo Sartori.
O projeto tem por finalidade estabelecer ações conjuntas de pesquisa aplicada e capacitação técnica para a região da serra gaúcha, utilizando a estrutura do Centro de Pesquisa Celeste Gobbato do DDPA, em Fazenda Souza, distrito de Caxias do Sul. O objetivo é desenvolver pesquisas agrícolas com foco na demanda local que, por sua vez, servirão de base para a realização de cursos de capacitação e treinamento para aqueles envolvidos nestas atividades.
"Estas iniciativas fazem parte da construção de uma rede estadual integrada de pesquisa. Já estamos em tratativas com outras unidades para intensificar as ações com Embrapa, universidades, institutos federais e próprio Senar, envolvendo também a extensão, através da Emater, para que a pesquisa seja realizada em cima das demandas dos setores da produção agropecuária do Estado", diz o secretário de Agricultura Ernani Polo.
O convênio será fomentado pelo Senar-RS, com contrapartida das instituições, contabilizando um total de R$ 7 milhões em investimentos. Estes valores serão utilizados para adquirir estufas de alta tecnologia, instalar parreirais modelo, reformar e colocar dentro das normas vigentes a Cantina Escola e a Agroindústria, para a realização de pesquisas, reformar salas de aula e montar um pequeno auditório para cursos de capacitação, realização de palestras, dias de campo e seminários.
Mais de 70 técnicos estão envolvidos na atividade, e a previsão é de que mais de 2,5 mil agricultores, produtores e técnicos rurais sejam beneficiados ao longo do projeto.

Fetag fecha ponte internacional por três horas em Jaguarão

"Não à importação de leite"; "Quem regula o mercado do leite? Governo, faça a sua parte"; "Importação de leite gera riqueza, nas não aqui". Essas foram algumas das faixas que cerca de mil produtores de leite levaram para Jaguarão, onde, por três horas - das 10h às 13h desta quinta-feira -, ocuparam a Ponte Internacional Barão de Mauá, divisa de Brasil com Uruguai. É por ali que entram toneladas de leite em pó do país vizinho.
Apenas em 2016, o volume que cruzou a ponte foi suficiente para processar 1,03 bilhão de litros. O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, em sua manifestação ainda na ponte, fez uma avaliação inicial do protesto e disse que o recado às autoridades foi dado. "Não deixaremos o Mercosul quebrar a cadeia leiteira gaúcha", disse.