O mercado de trabalho formal do Rio Grande do Sul registrou saldo de apenas 262 novos empregos nos primeiros sete meses de 2017. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e constam na Carta de Conjuntura da Fundação de Economia e Estatística (FEE), lançada nesta quinta-feira (14).
Conforme análise do sociólogo da FEE Guilherme Xavier Sobrinho, a estagnação representa a incapacidade de reação do Estado diante da crise econômica. Em 2015, 103,3 mil postos de trabalho com registro formal foram eliminados. A redução de 3,3% interrompeu uma trajetória de mais de dez anos de crescimento, já que entre 2004 e 2014 o estoque de empregos formais do mercado gaúcho expandiu 916 mil postos de trabalho, segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).
Os dados mostram que houve expansão no número de vínculos de trabalho com remunerações nas faixas de 1,01 a 1,5 salários mínimos e de 0,5 salários mínimos. Em todas as demais faixas de salário, o contingente de pessoal formalmente empregado retraiu. De acordo a FEE, a retração maior nas faixas salarias mais elevadas, no entanto, independe do nível de instrução dos trabalhadores.