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Trabalho

- Publicada em 05 de Setembro de 2017 às 18:39

Agronegócio gaúcho perde postos formais

Produção de lavouras permanentes contribuiu para o desempenho alcançado 'dentro da porteira'

Produção de lavouras permanentes contribuiu para o desempenho alcançado 'dentro da porteira'


/MARCELO BELEDELI/ESPECIAL/JC
Em julho, o agronegócio do Rio Grande do Sul registrou saldo negativo de 1.177 empregos formais. O número de admissões (10.998) foi inferior ao de desligamentos (12.175). Os dados foram divulgados pela Fundação de Economia e Estatística (FEE).
Em julho, o agronegócio do Rio Grande do Sul registrou saldo negativo de 1.177 empregos formais. O número de admissões (10.998) foi inferior ao de desligamentos (12.175). Os dados foram divulgados pela Fundação de Economia e Estatística (FEE).
Julho foi o quarto mês consecutivo com saldo negativo de empregos no agronegócio gaúcho. De acordo com a economista da FEE Carolina Agranonik, isso reflete a continuidade do movimento sazonal de desmobilização de mão de obra que historicamente se inicia no segundo trimestre de cada ano.
O segmento que contribuiu para essa retração foi o "depois da porteira", formado por atividades agroindustriais e de comércio atacadista. O saldo negativo de empregos nesse segmento foi de 1.906 postos de trabalho, sendo que o setor de fabricação de produtos de fumo registrou a maior perda (1.353 empregos com carteira assinada). "Após ter liderado as contratações entre março e abril por causa do processamento do fumo colhido no início do ano, a indústria fumageira iniciou o período de demissões, que tende a perdurar até outubro", avalia Carolina.
Nos outros segmentos do agronegócio, houve criação de postos de trabalho. No segmento "dentro da porteira", constituído de atividades características da agropecuária, houve criação de 454 postos. A produção de lavouras permanentes contribuiu decisivamente para esse desempenho, pois registrou a criação de 718 empregos com carteira assinada, após quatro meses de saldo negativo. No segmento "antes da porteira", que abrange atividades dedicadas ao fornecimento de insumos, máquinas e equipamentos para a agropecuária, o saldo foi de 275 empregos. O setor de fabricação de rações foi o que registrou o maior ganho de empregos no segmento (mais 97 postos). O setor de fabricação de tratores, máquinas e equipamentos agropecuários voltou a criar empregos (81 postos), após dois meses de saldo negativo.
Os dados divulgados indicam que, no acumulado de janeiro a julho, foram criados 5.721 empregos com carteira assinada no agronegócio gaúcho. Esse número é 54,9% superior ao observado em igual período de 2016, quando foram criados 3.693 empregos.
Os setores com maior criação de empregos em 2017 foram os de fabricação de produtos do fumo, produção de lavouras permanentes e de fabricação de tratores, máquinas e equipamentos agropecuários. Já os setores com maior fechamento de vagas foram os de produção de sementes e mudas certificadas, de fabricação de conservas, de produção de lavouras temporárias e de abate e fabricação de produtos de carne.

Fiergs reúne grande público para discutir a terceirização

Tema exige mais responsabilidade jurídica dos empresários, diz Sessegolo

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FREDY VIEIRA/FREDY VIEIRA/JC
Advogados, empresários e profissionais de recursos humanos, entre outros, lotaram o Teatro do Sesi nesta terça-feira para debater a reforma trabalhista, tirar dúvidas e trocar ideias sobre o tema. O que muda, como será a transição entre a antiga e a nova legislação e questões que abrem espaço para diferentes interpretações dominaram boa parte das falas.
Para o advogado e integrante do Conselho de Relações do Trabalho e Previdência Social (Contrab) da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), Alfeu Muratt, a maior alteração promovida pela reforma trabalhista, para as empresas, é a redução da vulnerabilidade. "Agora se tem a possibilidade de negociar com segurança jurídica", diz Muratt.
Organizado pelo Contrab e pelo Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre, o evento contou com a participação de desembargadores e de um juiz do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para ajudar a elucidar dúvidas da plateia. E as dúvidas não foram poucas: muitas mensagens por WhatsApp foram enviadas com questões aos mediadores, como Ricardo Sessegolo, vice-presidente da Fiergs. "A reforma acarreta mais responsabilidades aos empresários, que precisará dominar ainda mais a parte jurídica para não incorrer em erros", alerta Murrat.
Entre as dúvidas da plateia, itens como a relações de empresas e ateliês calçadistas e de confecção, a possibilidade de adequação à nova lei dos casos que estão na Justiça e até mesmo a revogação de Termos de Conduta e Ajustas (Tac), por exemplo. "A empresa poderá ter mão de obra contratada e uma empresa especializada prestadora de serviços na mesa área. Mas a empresa terá de respeitar a isonomia no tratamento de quem executará tarefas iguais", alertou o desembargador do TRT, Ricardo Martins Costa.
O desembargador avalia que o momento poderá ser de retomada de importância de cooperativas, por exemplo, já que as contratações terceirizadas para atividades fins a empresa, por exemplo, deve ser feitas por pessoa jurídica.