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Economia

- Publicada em 03 de Setembro de 2017 às 15:25

Lojas Renner estreia no Uruguai nesta quinta

Primeira filial das Lojas Renner ficará em ponto central de Montevidéu

Primeira filial das Lojas Renner ficará em ponto central de Montevidéu


MARCOS NAGELSTEIN/JC
Patrícia Comunello
Sete de setembro é feriado no Brasil, mas no Uruguai não é e ainda será dia de trabalho para a gaúcha Lojas Renner, que abre a primeira filial da Lojas Renner de quatro já previstas no país vizinho. A filial tem 2,5 mil metros quadrados e fica na rua 18 de Julho, região central de Montevidéu. Para a direção da companhia, a operação tem duplo sentido. Será a primeira no Exterior e servirá para testar o modelo que colocou a marca na liderança do varejo de moda dentro de casa.
Sete de setembro é feriado no Brasil, mas no Uruguai não é e ainda será dia de trabalho para a gaúcha Lojas Renner, que abre a primeira filial da Lojas Renner de quatro já previstas no país vizinho. A filial tem 2,5 mil metros quadrados e fica na rua 18 de Julho, região central de Montevidéu. Para a direção da companhia, a operação tem duplo sentido. Será a primeira no Exterior e servirá para testar o modelo que colocou a marca na liderança do varejo de moda dentro de casa.
E é bom lembrar. No primeiro trimestre de 2017, o CEO José Galló foi curto e ambicioso e avisou, justo quando inaugurou a nova sede corporativa em Porto Alegre: a Lojas Renner quer ser a maior rede de varejo de moda da América. “A Renner já é a maior varejista de moda do Brasil, vamos testar nosso modelo em outros países”, resume o diretor de compras da Lojas Renner, Fábio Faccio.
> Assista à entrevista do diretor sobre a operação uruguaia:
A proximidade com o Uruguai ajuda na escolha, não só porque está ao lado do Rio Grande do Sul, sede da corporação, mas porque o centro de distribuição também fica próximo, em Santa Catarina. Faccio pondera, cauteloso, que a estreia traz não só perspectiva de resultados em vendas - o Uruguai tem renda per capita superior a do Brasil, baixo desemprego - enquanto o mercado brasileiro voltou a conviver com o problema de forma mais intensa. “Tem algumas questões que serão desafio. A cultura é diferente, é outro pais, outra língua, outras leis”, lista o diretor, que mergulhou nesse caldo para entender e definir o que é sua função - montar o mix de produtos.
Ele lembra que os produtos que serão vendidos na loja localizada na rua 18 de julho vem parte do Brasil - produção própria da Renner, e de importações. “Estamos trabalhando firmemente para poder adaptar a nossa operação ao Uruguai e pensando como encantar a consumidora uruguaia”, ressalta.
O executivo admite que sempre há ajustes a fazer, seja pela cultura ou pelo tamanho. Mas ele lembra que a operação já reúne diversidade que torna o Uruguai uma investida que está dentro do dia a dia da companhia. “Temos o desafio do tamanho aqui. O Brasil não é um país, é um continente (risos)”. Isso implica em entender e calibrar o mix de lojas e coleções que contemple um guarda-roupa universal mais os itens regionalizados, que se alteram no Sul, em São Paulo, Rio de Janeiro, Norte e Nordeste, exemplifica.
Faccio não esconde a ansiedade de quem está diretamente envolvido na estreia. Depois da primeira filial na capital uruguaia, três outras estão na planilha. Em 2017, serão abertas ainda lojas Renner (uma das marcas da companhia que tem ainda YouCom e Camicado) nos shopping centers Punta Carretas, na capital, e depois no Costa Urbana, em Canelones, distante 12 quilômetros de Montevidéu. No começo de 2018, será a vez de Rivera, na fronteira com o Estado, encostada em Santana do Livramento e paraíso dos free shops.
“Estamos bem preparados para isso”, diz o executivo da Lojas Renner para cumprir o plano. “Imaginamos que a consumidora do Uruguai vai gostar”, aposta, para completar a respeito da intenção mais exata da rede. “Estamos fazendo esforço para que ela ame."
Antes de abrir a loja nesta quinta-feira, equipes da companhia montaram estratégia que passou por testes com consumidoras do país e blogueiras - formadoras de opinião que no mundo da moda são como degustadoras e influenciadoras das suas seguidoras nas redes sociais. “Elas têm elogiado muito nosso modelo”, comenta o diretor.
A decisão sobre novas filiais não foi tomada, mas tudo indica que virão. E o próximo país depois do teste uruguaio? Faccio responde com certo suspense. “Por enquanto, só no Uruguai. Temos um desafio grande de construir uma operação bem fundamentada para dai pensar em outro país.” Na investida, a companhia conta com a força da marca Renner, com a condição da economia interna, mas sem tirar os pés do chão.
“Eles (uruguaios) têm uma economia interessante, mesmo que menor que a do Brasil, mas que vive o reflexo da crise brasileira”, ressalta. “Não imaginamos ter descolamento muito grande, pois o país enfrenta um ambiente econômico semelhante ao do Brasil”, associa o diretor, indicando que o desempenho em receita deve seguir o resultado dentro de casa.
A Lojas Renner, companhia de capital aberto, teve lucro líquido de R$ 193,6 milhões no segundo trimestre de 2017, crescimento de 10,7% na comparação com igual período do ano passado. No acumulado do primeiro semestre do ano, o lucro chegou a R$ 260,6 milhões, aumento de 8,4% na comparação anual.
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