Feliz aniversário

Proprietária de uma loja de Gramado próxima ao lugar onde ocorrem as provas práticas no CFC local enfrenta um problema inusitado, conta o blogueiro Miron Neto. Nos dias em que as provas ocorrem, cerca de 20 candidatos nervosos e ansiosos procuram o banheiro da loja - só que ao mesmo tempo. O nervosismo é tanto que alguns trancam a casinha e depois não conseguem sair.

Outros entopem os vasos ou danificam a porta, desesperados, empurrando-a em vez de puxá-la. Para piorar a situação, a prefeitura exigiu da comerciante que construísse mais um banheiro, para as mulheres. No prejuízo, ela pergunta se isso não é atribuição do CFC. Casos como este se repetem em muitas cidades gaúchas, especialmente na Capital.

Duas coisas sempre deram cana direto no Brasil: depositário infiel e não pagar pensão alimentícia. Pois agora a CCJ da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei do deputado federal gaúcho Assis Melo (PCdoB) que aumenta a dor de cabeça dos que não pagaram a pensão: obrigatoriamente, o faltoso terá seu nome incluído no SPC/Serasa.

Sempre se disse que o ex-presidente Lula (PT) era capaz de eleger um poste, o que historicamente foi provado, mas o plano do PT agora chama-se Fernando Haddad. Mesmo com gestão ruim na prefeitura de São Paulo, pelo menos é um nome novo, ao contrário dos gaúchos, com revezamento de nomes - galeto, polenta e massa; polenta, massa e galeto; massa, galeto e polenta.

Afinal, por que existem os Correios? Se o serviço, que já não era lá essas coisas há muitos anos, agora paralisa totalmente em função da greve dos seus funcionários - pelo menos uma por ano. Parece vaga-lume, acende e apaga. Nem carta, nem boleto, nem Sedex, nada. Para o usuário, a tese da privatização do serviço soa como música aos ouvidos.

Na segunda metade dos anos 1970, a ECT era um caos e cabide de empregos. Foi quando o governo nomeou como interventor um oficial da Marinha, que limpou a casa e tornou os Correios brasileiros um dos cinco melhores do Ocidente. Durante anos, foi assim; até que, há 15 anos, o governo resolveu lotear a empresa com indicações políticas, maioria do PMDB. Deu no que deu.

Para que não se diga que só se critica, cá vai uma sugestão para Porto Alegre. Além da revitalização de ruas e de tapa-buracos, o serviço pode ser acelerado se alguns caminhões com asfalto aquecido percorrerem os bairros à procura de crateras para tapá-las na hora. Quando Maurício Dziedricki (PTB) era titular da Smov, a página sugeriu um HPS dos buracos. Dziedricki acolheu a sugestão. Funcionou.

Empresa com cerca de 800 funcionários resolveu premiar os que não faltassem nenhum dia ao trabalho no mês. Os zero-falta teriam direito, no final do último dia útil, a um café da manhã especial. A empresa que fornece a alimentação preparou centenas de cafés especiais. Qual o quê. Só 30 se enquadravam em cada um dos dois turnos. Dos que faltaram, a maior parte "entrou de atestado". Isso com o desemprego que temos.