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Espaço

- Publicada em 28 de Setembro de 2017 às 21:23

EUA avaliam a contraproposta para o uso da base de Alcântara

Diplomacia brasileira questiona o grau de interferência no processo da operação

Diplomacia brasileira questiona o grau de interferência no processo da operação


/BASE DE ALCântara/DIVULGAÇÃO/JC
O Departamento de Estado norte-americano está avaliando uma contraproposta brasileira para o uso da base de lançamento de foguetes de Alcântara, no Maranhão. O novo texto, alterado pelo Ministério da Defesa foi entregue ao governo norte-americano há dois meses. A primeira proposta, feita pelos EUA, havia sido redigida há 15 anos. "Este acordo não passou em nosso Congresso porque, talvez, era um procedimento mais intrusivo do que o justificável para a proteção da propriedade intelectual, da informação e dos equipamentos, que são sensíveis e podem se prestar tanto para fins pacíficos como para fins militares", disse o embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Sergio Amaral.
O Departamento de Estado norte-americano está avaliando uma contraproposta brasileira para o uso da base de lançamento de foguetes de Alcântara, no Maranhão. O novo texto, alterado pelo Ministério da Defesa foi entregue ao governo norte-americano há dois meses. A primeira proposta, feita pelos EUA, havia sido redigida há 15 anos. "Este acordo não passou em nosso Congresso porque, talvez, era um procedimento mais intrusivo do que o justificável para a proteção da propriedade intelectual, da informação e dos equipamentos, que são sensíveis e podem se prestar tanto para fins pacíficos como para fins militares", disse o embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Sergio Amaral.
Sem entrar em detalhes sobre o texto, o embaixador disse que a contraproposta brasileira, que flexibiliza algumas exigências norte-americanas, é "muito razoável". No primeiro texto, a proposta dos EUA era para usar a base com direito a sigilo total de seu equipamento. "Ninguém questiona a proteção da informação, da tecnologia e dos equipamentos, mas questiona o grau de interferência no processo de lançamento do foguete (com satélites)", disse o embaixador.
As regras acordadas entre os dois países não servirão apenas para o lançamento de foguetes norte-americanos, mas de todo equipamento estrangeiro que tenha algum componente norte-americano. "Se houver um pouco de flexibilidade dos dois lados, é possível a gente completar o acordo."
O embaixador dos EUA no Brasil, Michael McKinley, confirmou que a contraproposta está sendo avaliada por especialistas de fora do Departamento de Estado. "Agora é um momento novo e um momento de avaliação das propostas feitas. Temos que esperar a avaliação", disse. "Há uma troca de documentos sobre como atualizar o acordo que daria as garantias técnicas para abrir o caminho para a exploração comercial e uma maior cooperação no âmbito espacial."

Alemanha busca avião que faz parte da sua história

Gigante Antonov AN 124  transportou o casco do Landshut para Friedrichshafen

Gigante Antonov AN 124 transportou o casco do Landshut para Friedrichshafen


/KARL-JOSEF HILDENBRAND/AFP PHOTO/JC
A sucata do Boeing 737-200 abandonado há quase uma década no terminal do Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, já está a caminho de Friedrichshafen, no Sul da Alemanha, onde será restaurada e virará peça do Museu Aeroespacial Dornier. O transporte é feito pelos gigantes Ilyushin IL-76 e Antonov AN-124, dois dos maiores aviões de carga do mundo.
O Ilyushin chegou em 21 de setembro pela manhã e partiu à noite levando as asas e os motores do Boeing. O Antonov, o segundo maior cargueiro do mundo, chegou no dia 22 e levou o casco do Boeing. Toda a programação da aeronave russa, desde a chegada até a partida foi acompanhada de uma área vizinha ao terminal de logística.
Para o fotógrafo Thiago Cascais, fundador do grupo SBFZ Spotting, que reúne fãs de aviação, a movimentação de aviões como os dois cargueiros russos são um estímulo para os grupos de spotters e para a atração de mais pessoas para esse hobby. "A intenção é que as pessoas vejam as publicações sobre esse evento, se identifiquem e percebam que existem pessoas que gostam de aviação assim como elas e que têm interesse de ver essas aeronaves de perto."
Em Friedrichshafen, havia grande expectativa pela chegada dos dois cargueiros com as peças do Landshut, nome com o qual o Boeing foi batizado quando voava pela Lufthansa. O Landshut foi sequestrado em 1977 por integrantes da Frente Popular pela Libertação da Palestina com cerca de 90 passageiros a bordo. O sequestro durou cinco dias e acabou com a morte do piloto e de três dos sequestradores. O acontecimento virou um marco da luta do Estado alemão contra o terrorismo.