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2° Caderno

- Publicada em 04 de Setembro de 2017 às 16:16

Vinhaça pode ser usada para gerar energia

O uso da cana-de-açúcar para a produção de combustível gera um resíduo chamado de vinhaça. Esse subproduto pode ser utilizado para a geração de energia elétrica, e ainda diminuir os riscos de contaminação do ambiente. É o que aponta uma pesquisa da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Fearp).
O uso da cana-de-açúcar para a produção de combustível gera um resíduo chamado de vinhaça. Esse subproduto pode ser utilizado para a geração de energia elétrica, e ainda diminuir os riscos de contaminação do ambiente. É o que aponta uma pesquisa da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Fearp).
O administrador Geraldo José Ferraresi de Araújo analisou em sua dissertação de mestrado se é viável economicamente empregar a vinhaça na geração de energia. Ele também verificou a possibilidade de adotar o resíduo como fertilizante após ser usado para gerar energia, já que atualmente ele é utilizado na forma in natura (do modo como sai da produção do etanol).
A geração de energia se daria através de um biodigestor de circulação interna (IC - na sigla em inglês) e um motor de combustão interna de rendimento de 38%. A vinhaça teria sua carga orgânica processada pelo biodigestor produzindo biogás, posteriormente queimado pelo motor, gerando eletricidade.
O cenário que Araújo utilizou para estudo traz uma taxa de atratividade - que é a nota de corte utilizada para verificar o risco do investimento - de 15%, com um prazo de 20 anos para a viabilidade do projeto. A energia gerada não teria isenção fiscal, sendo cobrados impostos sobre ela. Nessa simulação, o valor da taxa mínima de atratividade empregada é o utilizado pelo setor sucroenergético para avaliação econômica financeira de novos empreendimentos.
"Como subproduto eu coloquei a eletricidade, o crédito de carbono e o fertilizante. Nesse cenário específico, é viável a utilização da vinhaça para a geração de energia elétrica", explica Araújo.
Além de analisar a viabilidade econômica, o pesquisador também estudou a viabilidade ambiental. A vinhaça utilizada como fertilizante de modo in natura chega a ser cem vezes mais poluidora que o esgoto doméstico, contaminando o solo e o lençol freático. Após o processo, a vinhaça teria a carga poluidora diminuída e ainda seria possível usá-la como fertilizante.
"Em alguns países da América Latina, onde há uma produção substancial de etanol ou rum, essa prática de usar a vinhaça in natura como fertilizante já é proibida", comenta o administrador.
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