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2° Caderno

- Publicada em 04 de Setembro de 2017 às 16:01

Robôs ampliam os debates nas redes sociais

Uma pesquisa da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (Dapp/FGV) mostra que robôs - perfis automatizados nas mídias sociais - estão influenciando os debates políticos na internet e aumentando a polarização das discussões. O estudo denominado Robôs, Redes Sociais e Política no Brasil, publicado no final de agosto, aponta ainda que o processo de disputa política nos próximos anos pode estar ameaçado.
Uma pesquisa da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (Dapp/FGV) mostra que robôs - perfis automatizados nas mídias sociais - estão influenciando os debates políticos na internet e aumentando a polarização das discussões. O estudo denominado Robôs, Redes Sociais e Política no Brasil, publicado no final de agosto, aponta ainda que o processo de disputa política nos próximos anos pode estar ameaçado.
Os robôs, ou bots, são perfis falsos presentes em mídias sociais como o Facebook e o Twitter que são capazes de distribuir, em escala industrial, mensagens pré-programadas. Na disputa política, esse tipo de instrumento pode ser contratado em empresas especializadas para que um candidato, ou uma proposta, receba milhares de mensagens de apoio, inflando artificialmente sua aceitação popular, e influenciando assim a percepção das pessoas.
"Elemento flagrante é o 'inchamento' de movimentos políticos que são, na realidade, de dimensão bastante inferior. Somados, esses riscos e outros representados pelos robôs, são mais do que o suficiente para jogar luz sobre uma ameaça real à qualidade do debate público no Brasil e, consequentemente, do processo político e social definidor dos próximos anos", destaca a pesquisa. O estudo aponta que perfis comandados por robôs chegaram a ser responsáveis por mais de 10% das interações no Twitter nas eleições presidenciais de 2014.
Durante protestos pelo impeachment da então presidenta da República Dilma Rousseff (PT), as ações dessas contas falsas foram responsáveis por 20% das interações dos apoiadores dela, que usavam significativamente esse tipo de mecanismo. Um outro exemplo analisado mostra que quase 20% das interações no debate entre os usuários favoráveis a Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições de 2014 foram motivadas por robôs.
O estudo chama atenção para o fato de que há robôs que operam no exterior e disseminam mensagens em território nacional. "Isso inclusive enseja a reflexão de manipulação não só interna, mas também para além dos campos políticos nacionais, sugerindo a hipótese da possibilidade de até mesmo outros atores, estranhos ao quadro nacional, operarem nas redes esses mecanismos", alerta.
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