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Operação Lava Jato

- Publicada em 25 de Agosto de 2017 às 16:55

PGR denuncia quatro senadores do PMDB, Sarney e Sergio Machado na Lava Jato

Sarney (e), Renan e Jucá (d) estão entre os investigados por desvios na Transpetro

Sarney (e), Renan e Jucá (d) estão entre os investigados por desvios na Transpetro


WALDEMIR BARRETO/AGÊNCIA SENADO/ARQUIVO/JC
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou nesta sexta-feira (25) denúncia contra quatro senadores do PMDB: Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR), Garibaldi Alves Filho (RN) e Valdir Raupp (RO). No mesmo inquérito, também foram denunciados o ex-presidente José Sarney; o ex-presidente da Transpetro (subsidiária da Petrobras) Sergio Machado; o ex-presidente da empresa Odebrecht Ambiental Fernando Reis; e os executivos Luiz Fernando Maramaldo e Nelson Maramaldo, sócios da empresa NM Engenharia.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou nesta sexta-feira (25) denúncia contra quatro senadores do PMDB: Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR), Garibaldi Alves Filho (RN) e Valdir Raupp (RO). No mesmo inquérito, também foram denunciados o ex-presidente José Sarney; o ex-presidente da Transpetro (subsidiária da Petrobras) Sergio Machado; o ex-presidente da empresa Odebrecht Ambiental Fernando Reis; e os executivos Luiz Fernando Maramaldo e Nelson Maramaldo, sócios da empresa NM Engenharia.
A denúncia é resultante das investigações sobre desvios em contratos da Transpetro. São apurados os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE) também era alvo do mesmo inquérito, mas não foi denunciado.
Caberá agora ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) analisar o caso. O eventual recebimento de denúncia contra parlamentares na Lava Jato costuma ser levado para decisão da Segunda Turma da Corte, composta ainda pelos ministros Celso de Mello, Ricardo Lewandowski, Dias Tofolli e Gilmar Mendes.

Denúncia é 'posicionamento de procurador em final de carreira', diz defesa

A defesa do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e do ex-presidente da República José Sarney afirmou que a denúncia representa o "posicionamento de um procurador em final de carreira que quer se posicionar frente à opinião pública", referindo-se ao procurador-geral, Rodrigo Janot.
À reportagem, o advogado de Sarney e Jucá, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que a denúncia é baseada na delação premiada "já desmoralizada" do ex-senador e ex-presidente da Transpetro Sergio Machado. No ano passado, Machado entregou à PGR dezenas de gravações com aliados que faziam parte do seu acordo de colaboração.
Kakay lembrou o relatório entregue em julho ao STF pela delegada Graziela Machado da Costa e Silva, da Polícia Federal (PF), que concluiu que a delação de Machado não foi eficaz e que ele não é merecedor dos benefícios concedidos. A avaliação foi feita em relatório no qual a delegada entendeu que os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá e o ex-presidente José Sarney não cometeram o crime de obstrução à Justiça
"Não existe nenhum motivo para fazer essa denúncia tecnicamente falando, o que existe é a palavra de um delator desmoralizado, um delator que, ele sim, talvez tenha cometido crime ao gravar ilegalmente e de forma imoral o senador Sarney e o senador Jucá. Então, eu credito isso mais a uma despedida do doutor Rodrigo Janot, que durante boa parte do seu tempo de mandato não denunciou praticamente ninguém", disse Kakay.
Ele completou afirmando que imagina que Janot vai denunciar todos os inquéritos até o final do seu mandato, que termina em cerca de duas semanas, "tendo ou não qualquer tipo de indício para isso".
A assessoria de imprensa de Calheiros também avaliou que a denúncia é "política". "Seu teor já foi criticado pela Polícia Federal, que sugere a retirada dos benefícios desse réu confesso porque ele acusa sem provas. Estou certo de que todos os inquéritos gerados da denúncia desse delator mentiroso serão arquivados por falta de provas", diz o texto do peemedebista.
Procurada, a assessoria de imprensa de Valdir Raupp afirmou que ele "jamais tratou sobre doações de campanha eleitorais junto a diretores da Transpetro ou quaisquer outras pessoas até porque não foi candidato a nenhum cargo eletivo nas eleições de 2012 e 2014". "Essas citações feitas por delatores envolvendo o seu nome e a Transpetro são inverídicas e descabidas", afirma a nota de Raupp.
A defesa de Sérgio Machado informou que o ex-presidente da Transpetro vai continuar ajudando na produção de provas e que o oferecimento de uma denúncia mostra que a sua delação foi eficaz Até a publicação deste texto, a reportagem não havia obtido resposta da Odebrecht e do senador Garibaldi.
Com informações da Agência Estado