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Política

- Publicada em 02 de Agosto de 2017 às 13:56

Plenário da Câmara encerra discussão sobre denúncia contra Temer

Deputados fazendo fila para inscrição de oradores durante sessão plenária

Deputados fazendo fila para inscrição de oradores durante sessão plenária


marcelo camargo/agência brasil/jc
Agência Brasil
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou há pouco o requerimento que pedia o encerramento da discussão sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer. O pedido, apresentado pelo deputado Fausto Pinato (PP-SP), foi aprovado em votação nominal por 292 votos favoráveis, 20 votos contrários e duas abstenções.
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou há pouco o requerimento que pedia o encerramento da discussão sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer. O pedido, apresentado pelo deputado Fausto Pinato (PP-SP), foi aprovado em votação nominal por 292 votos favoráveis, 20 votos contrários e duas abstenções.
Lideranças dos partidos de oposição, como PSB, PT e PCdoB, orientaram suas bancadas a não registrarem nenhum tipo de voto, mesmo que contrário ao requerimento. A estratégia foi adotada para evitar que a oposição contribuísse para o alcance do quorum de 342 deputados necessários para começar a votação da denúncia.
De última hora, o PSDB mudou o encaminhamento dado inicialmente à bancada e orientou seus deputados que votassem pelo encerramento da discussão.
Por volta de 12h40, o plenário já tinha superado o quorum de 342 deputados. Com o crescimento da expectativa em torno da votação, a oposição apelou aos colegas para não marcar oficialmente a obstrução. "Por que encerrar a discussão? Por que não querer discutir? Essa blindagem é desnecessária, fere princípios de honradez", disse o deputado Júlio Delgado (PSB-MG).
Para Pinato, autor do requerimento, a denúncia não se sustenta e não pode impedir que "o Brasil seja passado a limpo". "Falta 1 ano e 5 meses para o governo acabar. Não há tempo para votação direta. Aí teríamos que escolher um presidente via eleição indireta em abril e fazer uma eleição direta em outubro. Não há país que aguente", afirmou Pinato.
Encerrados os debates, os deputados podem começar o processo de votação do parecer que pede o arquivamento da acusação pelo crime de corrupção passiva apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra Temer.
Os deputados discutem o processo desde as 9h, quando teve início a sessão extraordinária que pode autorizar ou não o prosseguimento da denúncia perante o Supremo Tribunal Federal (STF).
Pela manhã, o relator do parecer aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), e o advogado de defesa de Michel Temer, Antônio Cláudio Mariz, apresentaram seus argumentos. Em seguida, 16 deputados discursaram sobre a denúncia.
Os oposicionistas criticaram a liberação de emendas parlamentares às vésperas da votação para garantir o apoio ao presidente e destacaram o fato de ser a primeira vez que um presidente é denunciado na história. Os governistas rejeitaram as provas apresentadas pelos autores da denúncia e defenderam que o governo continue com as reformas para garantir a estabilidade do país.
Alcançado o quorum de 342 deputados em plenário, a votação da denúncia será encaminhada por mais dois oradores contrários e dois favoráveis ao parecer de Abi-Ackel, por até 5 minutos cada. Os líderes partidários poderão falar por um minuto para orientar o voto das bancadas.
Só então o mérito do parecer da CCJ será submetido à votação nominal. Cada deputado deverá responder "sim", "não" ou abstenção, conforme aprove ou rejeite o voto do parecer. Os parlamentares serão chamados conforme seus estados por ordem alfabética. A chamada será alternada entre estados das regiões Norte e Sul.
Depois que forem alcançados 342 votos, a Presidência da Câmara poderá proclamar o resultado. Para aprovar a denúncia, a oposição precisa do total de 342, já a base pode derrubar a denúncia com pelo menos 172 votos.
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