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Opinião

- Publicada em 31 de Agosto de 2017 às 17:25

Acordos podem ser bons negócios com a China

Malgrado o desgastante ambiente político-partidário e jurídico, com acusações quase diárias e notícias sobre corrupção igualmente saindo na mídia, o Brasil tenta transparecer que os poderes estão funcionando. Assumindo esta posição de que "ninguém conseguirá fazer o Brasil parar", o presidente Michel Temer (PMDB) está na China. Lá, a convite do presidente Xi Jinping, tentará colocar a diplomacia presidencial a serviço de uma política externa universalista, voltada para o desenvolvimento do Brasil e das reais prioridades de nosso povo, segundo ele.
Malgrado o desgastante ambiente político-partidário e jurídico, com acusações quase diárias e notícias sobre corrupção igualmente saindo na mídia, o Brasil tenta transparecer que os poderes estão funcionando. Assumindo esta posição de que "ninguém conseguirá fazer o Brasil parar", o presidente Michel Temer (PMDB) está na China. Lá, a convite do presidente Xi Jinping, tentará colocar a diplomacia presidencial a serviço de uma política externa universalista, voltada para o desenvolvimento do Brasil e das reais prioridades de nosso povo, segundo ele.
Será uma visita dividida, pois serão tratados assuntos relacionados às relações bilaterais, à atração de comércio e investimentos, e à reunião de cúpula do grupo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o Brics. Coube ao Brasil, há alguns anos, copresidir a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação, a Cosban, pois os dois países têm interesses complementares e posições comuns. Para os chineses, o Brasil é fornecedor confiável e seguro de alimentos e insumos de relevância para o desenvolvimento do seu país. Da mesma forma, é considerado opção confiável e segura para investimentos de empresas mandarins.
No âmbito do turismo, será buscada, pelo Brasil, fórmula para facilitar vistos e também ampliar a cooperação cultural. Acusado na Organização Mundial do Comércio (OMC) como praticante de incentivos fiscais não permitidos pelas regras da entidade, o Brasil lembra que, no Fórum Mundial de Davos, o presidente Xi afirmou que "perseguir o protecionismo é como trancar-se numa sala escura: o vento e a chuva podem até ficar do lado de fora, mas também bloqueiam-se a luz e o ar". Palavras retóricas à parte, o fato é que a China é, desde 2009, a maior parceira comercial do Brasil. E entre 2006 e 2016, a corrente de comércio triplicou, passando de US$ 16 bilhões para mais de US$ 58 bilhões. No primeiro semestre de 2017 a China foi o principal destino de nossas exportações. Além disso, empresas chinesas têm feito investimentos expressivos em nosso País, em setores como infraestrutura, energia, mineração, eletrônicos, telecomunicações, automóveis e máquinas de construção.
Tanto Pequim como Brasília defendem a via do multilateralismo, com respeito às regras da Organização Mundial do Comércio. Na China, Michel Temer buscará interação com lideranças empresariais, que fazem ou querem fazer negócios com o Brasil. Por isso, foi organizado, pelo Brasil, em Pequim, seminário. Já na cidade de Xiamen, ocorrerá o Fórum Empresarial do Brics, em paralelo à IX Cúpula do Brics. Estarão presentes países convidados como Egito, Guiné, México, Tajiquistão e Tailândia. Na cúpula será assinado acordo para aproximar os setores produtivos brasileiros ao Novo Banco de Desenvolvimento, criado pelo Brics, que já aprovou 11 projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável em diferentes países, inclusive no Brasil. Também debates sobre iniciativas propostas pelo Brasil em áreas como saúde pública, aviação regional e cooperação em inteligência.
No setor energético, o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Luiz Fernando Leone Vianna, assinará texto de cooperação com a China Three Gorges Corporation. O acordo entre as duas empresas prevê a realização de seminários para troca de conhecimentos em temas operacionais, estágios para jovens engenheiros, projetos de pesquisa que fortaleçam os parques tecnológicos e cooperação em projetos de responsabilidade social e desenvolvimento regional. Então, da China poderão vir bons negócios.
 
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