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Opinião

- Publicada em 31 de Agosto de 2017 às 15:27

IPTU: Nós pagamos o justo?

É de R$ 141.915,75 o valor que a prefeitura de Porto Alegre avalia meu apartamento, que tem a mesma idade que eu. Ano passado tinha um vizinho vendendo um igual por R$ 550 mil. Um corretor de imóveis me disse que "pego até R$ 600 mil". Para comprá-lo, o banco me emprestou praticamente o dobro que a prefeitura o avalia. Por tais constatações, o certo é que vale no mínimo três vezes mais. Fato! E o curioso é que, quando o comprei, a avaliação (para fins de ITBI, outro tributo municipal) foi adequada ao que paguei. Com o debate posto, descobri que desde 1991 ninguém teve coragem para fazer o que deveria ser feito: cobrar imposto sobre o valor certo. Pasme-se, mas isso não ocorre com o IPTU. Pagamos 3% sobre um veículo (IPVA) e entre zero e 0,85% por um apartamento.
É de R$ 141.915,75 o valor que a prefeitura de Porto Alegre avalia meu apartamento, que tem a mesma idade que eu. Ano passado tinha um vizinho vendendo um igual por R$ 550 mil. Um corretor de imóveis me disse que "pego até R$ 600 mil". Para comprá-lo, o banco me emprestou praticamente o dobro que a prefeitura o avalia. Por tais constatações, o certo é que vale no mínimo três vezes mais. Fato! E o curioso é que, quando o comprei, a avaliação (para fins de ITBI, outro tributo municipal) foi adequada ao que paguei. Com o debate posto, descobri que desde 1991 ninguém teve coragem para fazer o que deveria ser feito: cobrar imposto sobre o valor certo. Pasme-se, mas isso não ocorre com o IPTU. Pagamos 3% sobre um veículo (IPVA) e entre zero e 0,85% por um apartamento.
Ao elegermos nossos representantes, espera-se que a responsabilidade seja a viga mestra da gestão. Renunciar receita consiste em ato de irresponsabilidade, no qual alguns ganham e muitos perdem, geralmente quem mais precisa. Não é opção, mas obrigação de quem administra. Em tempos de justos motivos para festejar medidas eficazes de combate à corrupção, pequenos delitos não podem ser esquecidos. Bradar a Lava Jato e furar a fila do banco é incoerente.
Sonegar, mesmo sob o argumento da corrupção sistêmica em que lamentavelmente vivemos, igualmente não é bacana. Outra incoerência clássica: criticar fortemente o guarda de trânsito ao receber uma multa pelos Correios, enquanto o inegável erro aponta para a consciência relutante exigindo senso de coletividade. Criar novos impostos é odioso e inaceitável, assim como deixar afastar-se da isonomia, cobrando diferentemente de situações iguais, como ocorre. Por ter esperança e contribuir ativamente para a mudança dessa realidade, avalizo e festejo a iniciativa, tão criticada, de atualizar o valor dos imóveis de Porto Alegre.
Secretário municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade de Porto Alegre
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