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Opinião

- Publicada em 11 de Agosto de 2017 às 20:29

Bruma política

Houve quem pensasse que, após o impeachment, toda a bruma que paira sobre o cenário político se dissiparia. Entretanto, não é o que tem se observado. O País passa por um cenário político conturbado em que as certezas são tão caras quanto a legitimidade das ações. O mesmo se pode dizer em relação à opinião pública, no sentido que a polarização ideológica típica do pós-2014 parece estar se metamorfoseando frente a esta espectral bruma. Possivelmente os reflexos deste cenário serão retomados em uma eleição não menos polarizada, mas com matizes renovados, em 2018.
Houve quem pensasse que, após o impeachment, toda a bruma que paira sobre o cenário político se dissiparia. Entretanto, não é o que tem se observado. O País passa por um cenário político conturbado em que as certezas são tão caras quanto a legitimidade das ações. O mesmo se pode dizer em relação à opinião pública, no sentido que a polarização ideológica típica do pós-2014 parece estar se metamorfoseando frente a esta espectral bruma. Possivelmente os reflexos deste cenário serão retomados em uma eleição não menos polarizada, mas com matizes renovados, em 2018.
Deveras, é consenso ao longo da história que as relações políticas possuem igual importância, em termos comparativos, com a economia. Nesta conjuntura, qualquer investimento financeiro, em qualquer região do globo, pautar-se-á, também, pelo cenário político em que este capital será investido. Não se deve, justamente pela ordem de produção mundial, menosprezar questões político-partidárias, pois seus reflexos vão além do cenário de sua atuação. O axioma aqui é poder. O Brasil tem encontrado dificuldades econômicas, inclusive acentuadas em alguns entes federativos, como é o caso, por exemplo, do Rio Grande do Sul. Há, nesta situação, um claro reflexo econômico que está um pouco além das diretrizes políticas.
Pouco além, repita-se. O poder do Estado, como no caso do Brasil, não é menos influente nos rumos de uma nação, do que o poder econômico. Tal como um carro é conduzido pelo motorista, assim o é com o Estado, pelos representantes eleitos. Ao que tudo indica, o atual conservadorismo e afetação política do governo federal têm demonstrado uma severa insegurança e inexperiência política. Parece que quem sempre lutou pelo poder, agora que o tem, perdeu sua razão de existir. Seu objetivo era de ser, par excellence, coadjuvante. Propor medidas austeras frente à população certamente não é o melhor caminho para dissipar a bruma; o contrário sim é verdadeiro.
Cientista político
 
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