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Internacional

- Publicada em 23 de Agosto de 2017 às 14:39

Ex-procuradora vai entregar provas de crimes de Maduro

Janot ressaltou ajuda dada a Luisa para sair em segurança de Caracas

Janot ressaltou ajuda dada a Luisa para sair em segurança de Caracas


EVARISTO SÁ/EVARISTO SA/AFP/JC
A ex-procuradora-geral da Venezuela Luisa Ortega Díaz, que participou ontem de um evento na Procuradoria-Geral da República (PGR), em Brasília, afirmou que é perseguida pelo governo Nicolás Maduro para que não denuncie casos de corrupção envolvendo autoridades e o próprio presidente. Luisa disse ainda que vai entregar "imediatamente" provas de crimes de corrupção para que países como Brasil, Estados Unidos, Colômbia e Espanha realizem as investigações barradas na Venezuela.
A ex-procuradora-geral da Venezuela Luisa Ortega Díaz, que participou ontem de um evento na Procuradoria-Geral da República (PGR), em Brasília, afirmou que é perseguida pelo governo Nicolás Maduro para que não denuncie casos de corrupção envolvendo autoridades e o próprio presidente. Luisa disse ainda que vai entregar "imediatamente" provas de crimes de corrupção para que países como Brasil, Estados Unidos, Colômbia e Espanha realizem as investigações barradas na Venezuela.
Luisa estava desde sexta-feira em Bogotá, na Colômbia, após ter sido destituída do cargo pela Assembleia Nacional Constituinte. Ela também perdeu o direito de exercer qualquer cargo público, teve os seus bens congelados e foi impedida de sair da Venezuela. Porém, fugiu do país com o marido e, segundo o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, está sob proteção do vizinho sul-americano.
No evento da PGR com representantes de Ministérios Públicos de Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname, a ex-procuradora-geral afirmou haver provas de corrupção envolvendo a empreiteira brasileira Odebrecht e também empresas ligadas a Maduro que receberam dinheiro ilícito no exterior.
"Na Venezuela não existe garantia de Justiça, não há garantia de que em nenhuma investigação sobre delinquência, narcotráfico, terrorismo, corrupção haja uma sanção exemplar, porque o mais provável é que as provas obtidas desapareçam", disse.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, destacou o apoio dos ministérios públicos da região a Luisa, tratada como a "legítima procuradora-geral" da Venezuela. "Assistimos a um estupro institucional do Ministério Público venezuelano. Sem independência, não tem mais condições de defender os direitos das vítimas e acusados nem de conduzir investigações criminais ou atuar em juízo com isenção", disse Janot.
Para ele, a destituição de Luisa pela Assembleia Constituinte foi "ilegítima", e a própria Assembleia foi "escolhida em um processo eleitoral recheado de suspeitas de fraudes". Janot disse ainda que o governo venezuelano tem características ditatoriais.
 
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