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Internacional

- Publicada em 13 de Agosto de 2017 às 18:36

Primárias na Argentina são teste para Cristina e Macri

Os argentinos foram às urnas ontem para as Paso (Primárias Abertas Simultâneas e Obrigatórias), votação para definir as candidaturas das próximas eleições legislativas, que ocorrem em 22 de outubro e renovam um terço do Senado (24 cadeiras) e quase metade da Câmara de Deputados (127). Além da redefinição do tamanho das bancadas governistas, que hoje têm minoria, e da oposição - de maioria peronista -, as legislativas terão ainda dois outros significados.
Os argentinos foram às urnas ontem para as Paso (Primárias Abertas Simultâneas e Obrigatórias), votação para definir as candidaturas das próximas eleições legislativas, que ocorrem em 22 de outubro e renovam um terço do Senado (24 cadeiras) e quase metade da Câmara de Deputados (127). Além da redefinição do tamanho das bancadas governistas, que hoje têm minoria, e da oposição - de maioria peronista -, as legislativas terão ainda dois outros significados.
Será a primeira avaliação nas urnas da gestão de Mauricio Macri, que completa 19 meses no cargo. Se as pesquisas apontam que o presidente mantém uma imagem positiva de cerca de 50%, isso ainda não se traduziu numa harmonização da chamada "grieta" (fenda), a polarização política do país. Assim, a aliança governista Cambiemos (Mudemos) lutará para ganhar mais cadeiras no Congresso e garantir a governabilidade na segunda parte do mandato de Macri.
A segunda definição importante é o fato de as primárias servirem de termômetro para medir o fôlego político da ex-presidente Cristina Kirchner, que tem planos de voltar a concorrer à presidência em 2019. Agora, ela sairá como candidata ao Senado pela província de Buenos Aires, principal reduto eleitoral do país, com 38% dos votantes.
Em sua campanha, com sua típica retórica feroz e hábil, Cristina vem se apresentando como a opção "antiajuste". Aponta Macri como responsável pelo fim de vários subsídios e pelos aumentos nas tarifas. Reforça que os argentinos ainda serão prejudicados com uma proposta de flexibilização trabalhista e mais aumentos nos custos dos serviços, previstos pelo governo para o pós-eleição.
Pesquisas internas dos partidos que vazaram de maneira informal para a imprensa indicam uma pequena vantagem pró-Cristina, de três a oito pontos percentuais, sobre seu rival direto, o candidato macrista Esteban Bullrich, ex-ministro da Educação.
Macri votou pela manhã, em uma escola no bairro de Palermo. Como de hábito, levou bandejas com medialunas (croissants) para jornalistas e eleitores. Já Cristina, que, mesmo concorrendo pela província de Buenos Aires, tem seu registro eleitoral em Santa Cruz, no Sul do país, e não votou porque preferiu ficar em casa.
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