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Geral

- Publicada em 29 de Agosto de 2017 às 11:07

Crianças em vulnerabilidade têm menos acesso à água potável, diz Unicef

No Brasil, são mais de 35 milhões de pessoas sem o acesso a este serviço básico

No Brasil, são mais de 35 milhões de pessoas sem o acesso a este serviço básico


JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
Agência Brasil
Na Semana Mundial da Água, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançou hoje (29) um alerta para o fato de que as crianças que vivem em situações de vulnerabilidade têm quatro vezes mais probabilidades de não ter acesso à água potável do que as populações em situações não-frágeis. Os dados são de um estudo recente do Unicef e da Organização Mundial de Saúde.
Na Semana Mundial da Água, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançou hoje (29) um alerta para o fato de que as crianças que vivem em situações de vulnerabilidade têm quatro vezes mais probabilidades de não ter acesso à água potável do que as populações em situações não-frágeis. Os dados são de um estudo recente do Unicef e da Organização Mundial de Saúde.
Em países ameaçados pela fome, como a Nigéria, a Somália, o Sudão do Sul e o Iémen, cerca de 30 milhões de pessoas - incluindo 14,6 milhões de crianças - precisam urgentemente de água potável.
Dos cerca de 484 milhões de pessoas que viviam em situações frágeis em 2015, em países afetados por conflitos, guerras e instabilidade, 183 milhões não tinham acesso aos serviços básicos de abastecimento de água potável, afirma o documento.
De acordo com documento da Organização das Nações Unidas (ONU), o número de pessoas sem acesso à água potável em casa é de 2,1 bilhões em todo o mundo.
Para Sanjay Wijesekera, chefe dos programas de água, saneamento e higiene do Unicef, o acesso das crianças a saneamento e água potável, especialmente em situações de conflito e emergência, além de ser um direito, deve ser uma prioridade.
Nesta semana, entre os dias 27 de agosto de 1º de setembro ocorre, em Estocolmo, capital da Suécia, a Semana Mundial da Água de 2017. O evento, organizado pelo Instituto Internacional da Água de Estocolmo, recebe mais de 3 mil participantes de 133 países e tem como tema "Água e desperdício: reduzir e reutilizar".
Na abertura da semana, o presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Peter Thomson, chamou o clima mundial e os recursos hídricos de "fundamento da nossa existência" e disse que "sem uma boa administração dessa base, a agenda de desenvolvimento sustentável de 2030 obviamente não vai a lugar algum. Porque, sem o fundamento, não podemos existir".
De acordo com o Instituto Trata Brasil, 83,3% dos brasileiros são atendidos com abastecimento de água tratada. No entanto, são mais de 35 milhões de brasileiros sem o acesso a este serviço básico.
A cada 100 litros de água coletados e tratados, em média, apenas 63 litros são consumidos. Ou seja, 37% da água no Brasil é perdida, seja com vazamentos, roubos e ligações clandestinas, falta de medição ou medições incorretas no consumo de água, resultando no prejuízo de R$ 8 bilhões.
Segundo estudo do Unicef, no Iémen, país em conflito há mais de dois anos, as redes de abastecimento de água que servem as maiores cidades do país estão em risco de colapso devido a danos causados pela guerra. Cerca de 15 milhões de pessoas no país deixaram de ter acesso regular a água e saneamento.
Na Síria, há sete anos em guerra, 15 milhões de pessoas não têm acesso a água própria para consumo, incluindo cerca de 6,4 milhões de crianças.
No nordeste da Nigéria, 75% das infraestruturas de água e saneamento foram danificadas ou destruídas, deixando 3,6 milhões de pessoas sem acesso a água.
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