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- Publicada em 25 de Agosto de 2017 às 20:17

Veto contra à Lei do Audiovisual repercute no Festival de Gramado

Cineastas e produtores redigem a Carta de Gramado em defesa da renovação da Lei do Audiovisual

Cineastas e produtores redigem a Carta de Gramado em defesa da renovação da Lei do Audiovisual


Diego Vara / Pressphoto/Divulgação/JC
Agência Estado
Em meio às homenagens do 45º Festival do Cinema Brasileiro e Latino - na noite desta sexta-feira (25), Dira Paes receberá o Troféu Oscarito - e à celebração dos bons filmes (do Peru, do Uruguai e do Brasil) que tem sido exibidos na serra gaúcha, repercutiu como uma bomba o veto do presidente Michel Temer à Lei do Audiovisual, que poderá ser arquivada até o fim do ano, colocando em risco a atividade cinematográfica no País.
Em meio às homenagens do 45º Festival do Cinema Brasileiro e Latino - na noite desta sexta-feira (25), Dira Paes receberá o Troféu Oscarito - e à celebração dos bons filmes (do Peru, do Uruguai e do Brasil) que tem sido exibidos na serra gaúcha, repercutiu como uma bomba o veto do presidente Michel Temer à Lei do Audiovisual, que poderá ser arquivada até o fim do ano, colocando em risco a atividade cinematográfica no País.
"É um dos raros setores da economia que tem funcionado, e não podemos permitir que seja desmantelado dessa maneira", advertiu o cineasta Cacá Diegues, presidente de honra do júri da competição brasileira. Cacá participava de um debate com o produtor Luiz Carlos Barreto sobre o atual momento da produção brasileira - embora distante dos 42% de participação no próprio mercado da década de 1970, os filmes empregam, direta ou indiretamente, 250 mil pessoas e a indústria do audiovisual representa mais que muitos outros setores com capacidade de mobilização no Congresso - quando o ator e diretor Paulo Betti levantou a questão do veto de Temer.
Imediatamente, Barretão, como é chamado, levantou a bandeira de luta, lembrando que, com os ex-presidentes Fernando Henrique, Lula e Dilma, houve sempre compreensão do significado cultural e econômico do cinema brasileiro. "Eles nos apoiavam", lembrou.
A categoria redige neste momento a Carta de Gramado para levar o debate à sociedade civil e ao Congresso. Gramado retoma a trincheira. Desde os anos de chumbo da ditadura militar, o festival foi palco de protestos em defesa não apenas da arte, mas da sociedade como um todo. "Gramado sempre rimou com liberdades democráticas", disse seu ex-presidente, Esdras Rubim.
Leia na íntegra o texto da Carta:
Neste exato momento, o cinema e o audiovisual brasileiro se mantém como a única atividade econômica funcionando em regime de pleno emprego e alta produtividade, com mais de 150 longas metragens em 2016 e em previsão de ultrapassar esta marca em 2017. Também o setor encontra-se em franco crescimento na produção de conteúdo independente para televisão.
Estamos no ápice histórico da nossa atividade e cada um real investido alcança retorno cinco vezes maior. Totalizamos 250 mil empregos diretos e indiretos e representamos meio por cento do PIB anual brasileiro, maior do que indústrias como a têxtil, a farmacêutica, a de papel e celulose.
Diante disso, enfatizamos a necessidade de aprovação da prorrogação da Lei do Audiovisual e do RECINE, através de uma nova Medida provisória do poder executivo, atendendo às exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal.
A comunidade audiovisual e cinematográfica – realizadores e realizadoras, produtores e produtoras, atores e atrizes, e demais integrantes da cadeia produtiva – estará mobilizada e acompanhando com atenção o desdobramento deste processo. Acreditamos que o encaminhamento será em prol da continuidade, contando com a sensibilidade do Poder Executivo e Legislativo
Viva o Cinema Brasileiro!
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