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Negócios

- Publicada em 28 de Agosto de 2017 às 22:19

Supersafra anima setor de máquinas

New Holland estima acréscimo de 10% nos negócios deste ano

New Holland estima acréscimo de 10% nos negócios deste ano


JONATHAN HECKLER/JC
Na equação de um ano em que a produção de grãos do País foi marcada pela supersafra, mas penalizada pelas baixas cotações mundiais, o saldo do setor de máquinas agrícolas tende a ser positivo. Enquanto a grande produtividade é um impulsionador da renovação do parque de máquinas - já que capitalizou especialmente o sojicultor -, a queda generalizada das commodities poderia inibir investimentos. Mas, de acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers), Claudio Bier, entra na conta do otimismo a tecnologia.
Na equação de um ano em que a produção de grãos do País foi marcada pela supersafra, mas penalizada pelas baixas cotações mundiais, o saldo do setor de máquinas agrícolas tende a ser positivo. Enquanto a grande produtividade é um impulsionador da renovação do parque de máquinas - já que capitalizou especialmente o sojicultor -, a queda generalizada das commodities poderia inibir investimentos. Mas, de acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers), Claudio Bier, entra na conta do otimismo a tecnologia.
"De um ano para outro, o setor amplia muito a eficiência das novas máquinas. Nas colheitadeiras, por exemplo, isso reduz perdas e amplia a velocidade do trabalho, permitindo inclusive mais safras na mesma temporada. Isso ajuda a equilibrar as contas", avalia Bier, que espera por 10% de aumento nas vendas em Esteio neste ano.
A incógnita sobre o comportamento dos muitos fatores não controlados pelo produtor (do câmbio às turbulências políticas e instabilidades internas) não superou, porém, as boas perspectivas. São mais de 240 milhões de toneladas previstas para o ciclo 2017/2018, que dão ao setor de máquinas otimismo e certa tranquilidade, especialmente com a vendas de colheitadeiras, diz o gerente do segmento agrícola do Banco CNH Capital para New Holland, Rubens Aquino, que espera um incremento de até 10% nos negócios neste ano, tendo como um dos destaques nacionais em compras o Rio Grande do Sul.
Apesar de registrar procura por máquinas e implementos menor do que a que era esperada no início do ano, a Stara já obteve em 2017 vendas superiores ao ano passado, de acordo com Marcio Fülber, diretor comercial da indústria. "A recuperação começou, mesmo, nos últimos 45 dias", revela Fülber, antecipando que, no segmento internacional, a grande aposta é a nova montadora da empresa gaúcha, em janeiro, na Argentina.
Fabrício Müller, coordenador tático de vendas da AGCO para a Valtra, que também aposta nas colheitadeiras para aquecer os negócios de 2017, acredita que a alta deve ficar em torno das máquinas maiores, para médios e grandes produtores. O tíquete médio do maior volume de aquisições deve ficar próximo de R$ 1 milhão, com alta nas vendas. Para Eduardo Nunes, gerente de vendas da AGCO para Massey Fergusson, a necessidade de reduzir custos tende a levar o agricultor a investir em pulverizadores. A precisão que o uso de máquinas mais modernas dá ao insumo é um estímulo na hora em que o controle dos gastos se torna ainda mais importante, avalia o executivo.
Para o futuro do crédito agrícola, apesar de rumores no mercado de que o governo federal estaria sondando começar a taxar as Letras de Credito do Agronegócio (LCA), retirando a isenção do Imposto de Renda sobre os ganhos, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, assegura que a tendência é inversa. Maggi garantiu, durante a Expointer, que a ideia do governo é estimular ainda mais essa linha de investimento para desafogar a demanda por recursos federais subsidiados.

Pulverizadores podem ser ferramenta de redução de custo

Procura por modelo tem crescido em função da busca por uma boa colheita

Procura por modelo tem crescido em função da busca por uma boa colheita


JONATHAN HECKLER
No cenário nacional, devem ser os pulverizadores o destaque nos negócios da John Deere em 2017. A montadora inclusive ampliou a fabricação do produto na unidade de Catalão (GO), expansão inaugurada em março deste ano, com investimento de US$ 40 milhões. Foi o segundo investimento na unidade goiana, aberta em 1999 e que, em 2012, começou a substituir as importações do equipamento pela produção no local.
"É pelo pulverizador que passa a maior parte do dinheiro que o produtor investe para ter uma boa colheita, por isso ganha mais atenção ainda no atual momento. É a forma para manter a rentabilidade", explica Tangleder Lambrecht, gerente de vendas da empresa para região Sul.
No Rio Grande do Sul, onde a companhia mantém unidades em Horizontina e Montenegro, a produção de frutas, verduras e tabaco estimula a procura por tratores acima da média nacional. Lambrecht também ressalta que, pela diversidade de uso, os tratores tendem a ser um produto com demanda frequente e diversificada. "Precisam do trator tanto o produtor que pretende melhorar uma estrada interna na propriedade quanto aquele que vai utilizar diretamente na lavoura, puxando implementos", diz o executivo.
 

Massey Ferguson espera vender 15% mais na feira

Companhia aposta nos bons resultados dos produtores como estímulo à renovação de frota

Companhia aposta nos bons resultados dos produtores como estímulo à renovação de frota


JONATHAN HECKLER
A Massey Ferguson espera alta de 15% no volume de negócios durante a 40ª Expointer, mesma projeção para o segundo semestre no Estado. De acordo com o diretor de vendas da fabricante de máquinas no Brasil, Rodrigo Junqueira, a queda nos juros do Plano Safra - além da melhora geral dos indicadores econômicos e da safra gaúcha recorde de grãos em 2016/2017 - favorece a renovação da frota de tratores e colheitadeiras no campo gaúcho, que acontece, em média, a cada seis e oito anos para os respectivos produtos. O primeiro fim de semana de feira já teria registrado maior fluxo de clientes, em comparação com o ano passado, diz Junqueira.
Dona de três fábricas no Rio Grande do Sul - em Canoas, Ibirubá e Santa Rosa -, a Massey diz ter mantido o quadro de funcionários mesmo com retração geral de 37,2% nas vendas do setor entre 2014 e 2016, considerando números da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O primeiro semestre já registra crescimento de 17,1% nos negócios das fabricantes. A montadora detém cerca de 15% do mercado de tratores e 25% do de colheitadeiras entre os gaúchos.