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Economia

- Publicada em 28 de Agosto de 2017 às 19:30

Dívida pública tem apresentado custo médio abaixo da Selic, diz o Tesouro Nacional

O custo médio do estoque da Dívida Pública Federal (DPF) tem ficado abaixo do referencial básico, que é a taxa Selic, afirmou ontem o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Leandro Secunho. "Uma vez que está havendo queda das taxas de juros e da inflação, o nosso custo de estoque tem ficado abaixo da Selic, isso é positivo", disse.
O custo médio do estoque da Dívida Pública Federal (DPF) tem ficado abaixo do referencial básico, que é a taxa Selic, afirmou ontem o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Leandro Secunho. "Uma vez que está havendo queda das taxas de juros e da inflação, o nosso custo de estoque tem ficado abaixo da Selic, isso é positivo", disse.
Em 12 meses até julho, o custo médio da dívida caiu a 10,89%, contra 11,40% até junho. Essa redução também se reflete no custo médio das emissões, que ficou em 11,38% ao ano em julho, também abaixo do mês anterior. No caso das NTN-Bs, títulos públicos atrelados à inflação, esse custo foi ainda menor, de 8,89%.
Em julho, o estoque da DPF caiu 0,48% e atingiu R$ 3,341 trilhões. No mês anterior, estava em R$ 3,357 trilhões.
Além da redução do custo da dívida, o Tesouro também identificou uma queda na parcela a vencer nos próximos 12 meses, o que indica um prazo mais longo do estoque. A fatia desses papéis atingiu 14,69% em julho, o menor patamar da série. Segundo Secunho, esse também é um dado positivo, mas está fora do intervalo previsto no Plano Anual de Financiamento (PAF), que é de 16% a 19% da dívida vencendo em 12 meses.
"Esse é mais um mês em que atingimos menor patamar na parcela vencendo em 12 meses. A composição ótima em torno de 20% é patamar bastante adequado. Temos margem para crescer indicador, mas o cenário é bastante positivo", disse.
Secunho ressaltou que a tendência, dentro da estratégia já traçada pelo Tesouro Nacional, é que a fatia de vencimentos mais curtos da dívida volte a crescer nos próximos meses, encerrando o ano dentro do intervalo indicativo. Porém ele destacou que o PAF pode ser ajustado caso seja necessário. "Se for necessário alterar intervalos do PAF, será feito. Mas seria no sentido de reduzir o objetivo da parcela da dívida vencendo em 12 meses", afirmou.
A queda na inflação e nos juros suavizou a trajetória esperada pelo Tesouro para a dívida pública neste ano. Ao divulgar o PAF, no início do ano, o governo previa um crescimento na participação de títulos atrelados à Selic, em um momento em que o Tesouro decidiu correr um pouco mais de risco na gestão da dívida em busca de custos menores.
A previsão era de que os investidores não estariam dispostos à compra de títulos prefixados em um momento de instabilidade política. Com a queda nos preços e na Selic, porém, os compradores "aceitaram" um volume maior do que o esperado de títulos prefixados, que têm no momento melhor rendimento.
Para o Tesouro, a participação maior de títulos com taxa predefinida dá maior previsibilidade à gestão da dívida. "O ano tem sido mais positivo do que era nossa expectativa. Temos conseguido fazer leilões de prefixados com volumes maiores do que era estratégia", afirmou o coordenador.
Secunho disse que não foram necessárias revisões no PAF em 2017, que geralmente ocorrem em abril e agosto. A expectativa é que a participação dos prefixados encerre o ano próximo ao teto do intervalo do PAF, que vai de 32% a 36%, o que significaria uma estabilidade em relação a 2016, quando a fatia desses papéis era de 35,73%. A expectativa é, nos próximos anos, retomar a trajetória de crescimento desses papéis e queda nos atrelados à taxa flutuante.
 
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