Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 24 de Agosto de 2017 às 22:44

Pagamento do 13º vai injetar R$ 1,6 bilhão no Estado

Vendas devem crescer em setembro, mês tradicionalmente fraco

Vendas devem crescer em setembro, mês tradicionalmente fraco


/ANTONIO PAZ/ARQUIVO/JC
Guilherme Daroit
A partir desta sexta-feira, os aposentados e pensionistas brasileiros receberão, junto com os benefícios mensais de agosto, a primeira parcela do 13º salário. A estimativa do governo federal é de que o pagamento injete R$ 19,780 bilhões na economia, divididos entre os 29,4 milhões de beneficiados. Só no Rio Grande do Sul, a expectativa chega a R$ 1,642 bilhão - e grande parte disso é aguardada pelo varejo gaúcho, que espera aumentar as vendas em setembro, tradicionalmente um dos piores meses para o setor.
A partir desta sexta-feira, os aposentados e pensionistas brasileiros receberão, junto com os benefícios mensais de agosto, a primeira parcela do 13º salário. A estimativa do governo federal é de que o pagamento injete R$ 19,780 bilhões na economia, divididos entre os 29,4 milhões de beneficiados. Só no Rio Grande do Sul, a expectativa chega a R$ 1,642 bilhão - e grande parte disso é aguardada pelo varejo gaúcho, que espera aumentar as vendas em setembro, tradicionalmente um dos piores meses para o setor.
O depósito dos benefícios segue até 8 de setembro. A primeira parcela corresponde à metade do total a que os aposentados e pensionistas têm direito. A outra metade, na qual será descontado o Imposto de Renda, será paga pela União junto aos vencimentos de novembro.
"É um mês bastante complicado, com feriados (7 e 20 de setembro) e nenhuma data especial no calendário, então acaba sendo uma ajuda significativa", argumenta o presidente da Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo (AGV), Vilson Noer. O dirigente estima que, do total pago aos aposentados, um montante entre R$ 900 milhões e R$ 1 bilhão deve se reverter em consumo, enquanto o restante deve ser destinado à poupança e ao pagamento de dívidas.
A previsão otimista é explicada por Noer por conta de uma alegada retomada do consumo dos gaúchos nos últimos meses. O Dia dos Pais, com um faturamento em torno de R$ 360 milhões nas lojas do Estado, já teria mostrado maior confiança entre os consumidores, comenta o dirigente. "Estamos entrando agora em uma era de recompor o consumo e a demanda reprimida dos últimos três anos", complementa Noer. Por conta disso, é esperado um bom resultado no mês até para setores com produtos de maior valor, como eletrodomésticos e móveis, que vêm de vários semestres com vendas ruins e se beneficiam também da queda na inflação e nos juros nominais.
Já o presidente da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado (Fecomércio-RS), Luiz Carlos Bohn, relativiza o impacto dos pagamentos ao compará-los com a liberação das contas inativas do FGTS, grande propulsor das vendas no primeiro semestre. "Dinheiro que circula é bom para o comércio, mas o resultado positivo não deve ser tão expressivo porque já estava no calendário de renda das pessoas", comenta Bohn. Apesar disso, a simples efetivação do pagamento não deixa de ser um fato relevante quando comparado à situação dos servidores estaduais, com seus vencimentos parcelados, e mesmo do total dos trabalhadores, com a taxa de desemprego ainda elevada, na casa dos 13%.
Na Capital, porém, apenas 26,5% dos lojistas acreditam que seu faturamento aumentará em setembro por conta do benefício, segundo o Sindicato dos Lojistas do Comércio (Sindilojas). O incremento, em média, seria de 2,23% em comparação com o faturamento esperado caso o pagamento não fosse efetivado pela União neste momento. "Na situação atual, é um bom número", analisa o presidente da entidade, Paulo Kruse.
O dirigente acredita que o número baixo de lojas beneficiadas é normal dentro da lógica do setor. "Esse público tem uma linha de consumo. Então, por exemplo, uma loja de moda jovem não espera que vá vender mais", argumenta Kruse. Ao mesmo tempo, porém, lojas voltadas ao público mais velho devem ter um incremento de até 15%.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO