Os contratos futuros de petróleo operam em baixa na manhã desta quinta-feira (24), prosseguindo dentro da mesma faixa estreita onde tem oscilado ao longo do último mês. Investidores mostram cautela sobre se o excesso de oferta no mercado está finalmente desaparecendo. O quadro foi mantido mesmo após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) sinalizar que poderia estender os cortes na produção para além do primeiro trimestre do próximo ano.
Às 7h56min (de Brasília), o petróleo WTI para outubro caía 0,62%, a US$ 48,11 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para outubro recuava 0,53%, a US$ 52,29 o barril, na ICE.
Na quarta-feira (23), os dois contratos fecharam em alta superior a 1%, após o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) informar que houve uma queda semanal nos estoques da commodity dos Estados Unidos, a oitava consecutiva.
A S&P Global Platts afirmou que, embora o excesso de oferta global estivesse lentamente sendo controlado, como mostrado pelos estoques dos EUA, os operadores parecem estar olhando para o próximo mês, quando os estoques de petróleo em geral aumentam, diante da diminuição da demanda nas refinarias, quando unidades são desligadas para a temporada de manutenção.
Investidores monitoram ainda o furacão Harvey, que se dirige à costa do Texas, diante do risco de enchentes. Poderia ser o primeiro furacão a atingir o Texas desde que o Golfo dos EUA se tornou um grande exportador de produtos refinados de petróleo, segundo Oliver Jakob, diretor da consultoria suíça Petromatrix. "Um furacão que causasse danos à infraestrutura da refinaria do Texas teria hoje um impacto internacional muito maior que eventos anteriores relacionados ao clima tropical", comentou o analista.
Hoje, a Opep afirmou que todas as opções estão em aberto em sua reunião de 30 de novembro, inclusive a possibilidade de estender os atuais cortes na produção da commodity para além do primeiro trimestre de 2018, data inicialmente prevista.