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Economia

- Publicada em 22 de Agosto de 2017 às 18:49

Custos pautam reunião sobre políticas para o arroz

A formulação de políticas agrícolas para o setor arrozeiro foi tema de discussão ontem, em encontro realizado pela Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e pela Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), na sede da Farsul, em Porto Alegre. A reunião, que contou com a participação de representantes de associações de arrozeiros e sindicatos rurais do Estado.
A formulação de políticas agrícolas para o setor arrozeiro foi tema de discussão ontem, em encontro realizado pela Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e pela Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), na sede da Farsul, em Porto Alegre. A reunião, que contou com a participação de representantes de associações de arrozeiros e sindicatos rurais do Estado.
Em sua explanação, o economista chefe da Farsul, Antonio Da Luz, apresentou um estudo no qual mostrou a disparidade entre os custos de produção entre o Brasil e os parceiros do Mercosul, como Uruguai e Argentina. No inseticida, por exemplo, existe a diferença de até 445% no valor de um inseticida pago pelos produtores do Brasil em relação aos uruguaios. "Pagamos mais pelos mesmos produtos com os mesmos princípios ativos aqui no Brasil", advertiu.
Da Luz lembrou que, apesar de diversos produtos terem taxas de importação zero no Mercosul, outros impostos como IPI, PIS/Cofins e ICMS acabam encarecendo a produção, ao contrário do que ocorre nos demais países do bloco econômico. "Apesar das taxas zeradas pelo Mercosul, a incidência de outros impostos fazem com que não seja vantajoso buscar estes produtos em outros países", ressaltou.
Conforme o presidente da Comissão de Arroz da Farsul, Francisco Schardong, as entidades do setor orizícola têm trabalhado fortemente no sentido de buscar soluções para os problemas históricos dos orizicultores. Lembrou que a próxima safra será de dificuldades na questão de financiamentos. "Projetamos que cerca de 80% da safra será financiada por outros agentes que não os bancos oficiais. Por isso é preciso buscar melhores condições de negociação", salientou.
O presidente da Federarroz, Henrique Dornelles, destacou que o grande problema não são os preços praticados pela saca de arroz, que vem sendo mais altos que a média histórica, entretanto os custos de produção, que em muitos itens vêm apresentando altas desenfreadas, subindo acima dos valores praticados pelo grão. "Temos a convicção de que o problema do arroz está nos custos de produção. O preço vem aumentando, mas não vem fazendo frente aos problemas que estamos enfrentando", observou.
De acordo com Dornelles, a diminuição da oferta por meio da redução de área é uma realidade já interiorizada por todos e deverá ocorrer um movimento neste sentido. O presidente da Federarroz informou também que por organização dos produtores já existe um trabalho de exportação de arroz em casca, liderada por ele, por meio de um contato com um operador onde ocorrerá uma nova reunião para o embarque do grão em até três navios.
 
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