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Trabalho

- Publicada em 17 de Agosto de 2017 às 17:40

Cai taxa de subutilização de trabalhador no Brasil

Região Sul é a que apresentou o menor percentual de subutilização; Norte registrou a maior taxa do País

Região Sul é a que apresentou o menor percentual de subutilização; Norte registrou a maior taxa do País


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
A taxa composta de subutilização da força de trabalho caiu de 24,1% para 23,8%, do primeiro para o segundo trimestre do ano. O País ainda tinha, em junho, 26,3 milhões de trabalhadores subutilizados. No trimestre encerrado em março, o contingente era de 26,5 milhões de pessoas, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa composta de subutilização da força de trabalho caiu de 24,1% para 23,8%, do primeiro para o segundo trimestre do ano. O País ainda tinha, em junho, 26,3 milhões de trabalhadores subutilizados. No trimestre encerrado em março, o contingente era de 26,5 milhões de pessoas, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os resultados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) relativa ao segundo trimestre do ano. A taxa de subutilização engloba os desempregados, que trabalharam menos horas do que gostariam e aqueles com potencial.
Na avaliação do coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, ao reduzir em apenas 200 mil trabalhadores, entre o primeiro e o segundo trimestres do ano, a taxa de desocupação fechou "indicando estabilidade" entre os dois períodos, uma vez que a retração foi de apenas 0,3 ponto percentual.
Segundo a Pnad, a maior taxa de subutilização no fechamento do segundo trimestre do ano foi verificada na região Nordeste, onde a taxa de subutilização era de 34,9%. Já a menor foi registrada na região Sul (14,7%). Por estado, o Piauí (38,6%), a Bahia (37,9%) e o Maranhão (37,7%) foram as unidades da federação que apresentam as maiores taxas compostas de subutilização da força de trabalho.
Já os menores indicadores foram observadas em Santa Catarina (10,7%), Mato Grosso (13,5%) e Paraná (15,9%). As taxas de desocupação dos grupos de pessoas que apresentaram patamar superior ao estimado para a taxa média total foram a dos trabalhadores com idade entre 14 e 17 anos (43%) e de 18 a 24 anos (27,3%).
 

Crise está por trás de dificuldades do mercado, diz IBGE

A crise econômica está por trás das dificuldades ainda apresentadas pelo mercado de trabalho brasileiro, ressaltou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE. Embora a taxa de desemprego tenha registrado ligeiro recuo na passagem do primeiro para o segundo trimestre do ano, ainda falta trabalho para 26,3 milhões de pessoas em todo o País, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
Segundo o pesquisador, as notícias sobre a crise e sobre a dificuldade de arrumar um emprego provocam um aumento no desalento. "Isso acaba gerando desalento nas pessoas, que decidem que não vão procurar porque acreditam que não vão encontrar", disse ele. A crise no mercado de trabalho tem afetado especialmente os trabalhadores do sexo masculino. "O fato de a crise ser muito forte afeta principalmente a população adulta e homens, que normalmente são arrimo de família", explicou. Com as demissões atingindo mais os homens, aumentou a proporção de mulheres empregadas no mercado de trabalho.
Ainda havia mais mulheres (50,8%) do que homens na população desocupada (49,2%) no segundo trimestre de 2017, mas essa diferença já foi de 11 pontos percentuais, no primeiro trimestre de 2012, quando a pesquisa teve início. No segundo trimestre de 2017, a taxa de desemprego entre elas permanecia maior, aos 14,9%, enquanto, entre homens, era de 11,5%.
Na avaliação de Azeredo, a queda na taxa de desemprego no estado de São Paulo é bom sinal para o mercado de trabalho brasileiro, porque a região possui o chamado "efeito farol", que antecipa movimentos que ocorrerão em seguida no restante do País. "São Paulo tem efeito farol. Quando acontece em São Paulo, a gente sabe que vai se alastrar por outras regiões", disse.
A taxa de desocupação no estado recuou de 14,2% no primeiro trimestre para 13,5% no segundo trimestre deste ano, de acordo com dados da Pnad Contínua. Houve abertura de 242 mil vagas em um trimestre, ao mesmo tempo em que o total de desempregados encolheu em 170 mil pessoas. "É bom sinal, sem dúvida. Reduz a desocupação e aumenta a ocupação, principalmente na indústria. Sabemos que a indústria é um dos grupamentos mais organizados, é um dos que mais tem carteira assinada, é um dos que mexe mais com o setor privado", avaliou Azeredo.