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Economia

- Publicada em 16 de Agosto de 2017 às 18:39

EUA, Canadá e México renegociam o Nafta

Representantes dos três países da América do Norte iniciaram, ontem, em Washington, conversas para reformular o tratado

Representantes dos três países da América do Norte iniciaram, ontem, em Washington, conversas para reformular o tratado


PAUL J. RICHARDS/PAUL J. RICHARDS/AFP/JC
O representante comercial dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, abriu as conversas para a renegociação do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês) ontem, dizendo que o acordo de 23 anos fez com que muitos americanos fracassassem, enquanto funcionários mexicanos e canadenses enfatizaram a amizade e as relações de trabalho entre os países.
O representante comercial dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, abriu as conversas para a renegociação do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês) ontem, dizendo que o acordo de 23 anos fez com que muitos americanos fracassassem, enquanto funcionários mexicanos e canadenses enfatizaram a amizade e as relações de trabalho entre os países.
"Acreditamos que o Nafta falhou fundamentalmente e precisa de grandes melhorias", disse o representante comercial americano, na abertura das negociações, em Washington. "Precisamos assegurar que os enormes déficits comerciais não continuem", afirmou Lighthizer. De acordo com ele, o presidente dos EUA, Donald Trump, não está interessado em modernizar o pacto e "ajustar" as regras comerciais, mas deseja novas características para reduzir o déficit comercial.
A posição do governo Trump diferiu significativamente dos comentários de altos funcionários canadenses e mexicanos, que procuraram pintar um quadro de amizade entre os três países e uma relação de trabalho que precisa de uma atualização. As abordagens têm preocupado alguns líderes empresariais, que veem o risco de que os líderes políticos possam ocupar posições opostas e prejudicar a capacidade dos negociadores em chegar a um acordo. Trump disse, repetidamente, que poderia retirar os EUA do Nafta, caso não aprovasse os termos do pacto.
"O Canadá não vê os superávits ou déficits comerciais como uma medida primária sobre se uma relação comercial funciona", comentou a ministra canadense de Relações Exteriores, Chrystia Freeland, observando que os EUA têm um superávit no comércio de bens e serviços com o Canadá.
Já o ministro de Economia do México, Ildefonso Guajardo, afirmou que seu país "pensa que o Nafta tem tido um forte sucesso para todas as partes". Guajardo disse, ainda, que conseguir um consenso não será fácil. "Não nos enganemos: o primeiro desafio que temos é encontrar um terreno comum entre os três países."
Lighthizer apontou o sucesso do Nafta para muitos agricultores americanos, mas ponderou que o acordo "machucou" muitos outros. Os EUA desejam impulsionar regras para proteger a propriedade intelectual, proteger contra a manipulação de moeda e fazer mudanças nos mecanismos de resolução de disputas para "proteger a soberania nacional". Os EUA também desejam negociar regras mais rígidas para carros e autopeças, a fim de evitar que os produtos atravessem fronteiras americanas com isenção de impostos.
Os representantes esperam realizar diversas rodadas de negociação neste outono (no Hemisfério Norte) e concluir negociações logo no começo do ano que vem, antes das eleições gerais no México.
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