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Conjuntura

- Publicada em 14 de Agosto de 2017 às 19:05

Balança comercial traz ânimo ao governo

Fumo em folha foi destaque nas vendas da segunda semana deste mês

Fumo em folha foi destaque nas vendas da segunda semana deste mês


/MAURO SCHAEFER/ARQUIVO/JC
O ministro da Indústria e Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, disse ontem que os resultados da balança comercial brasileira mostram que a economia está melhorando. No último mês de julho, o Brasil teve o maior superávit da série histórica, de US$ 6,3 bilhões. No acumulado dos primeiros sete meses do ano, a balança teve superávit de US$ 42,5 bilhões.
O ministro da Indústria e Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, disse ontem que os resultados da balança comercial brasileira mostram que a economia está melhorando. No último mês de julho, o Brasil teve o maior superávit da série histórica, de US$ 6,3 bilhões. No acumulado dos primeiros sete meses do ano, a balança teve superávit de US$ 42,5 bilhões.
Pereira destacou que os números, de janeiro a julho, estão em contexto de aumento de 19% nas importações e de 7% nas exportações. "O que mostra, claramente, que a economia volta a reagir e crescer", afirmou o ministro, durante evento na Confederação Nacional da Indústria, em São Paulo.
A partir dos resultados, o governo elevou de US$ 55 bilhões para mais de US$ 60 bilhões a estimativa de superávit da balança comercial para 2017. Caso se confirme, o resultado será o maior anual da série histórica, superando o saldo positivo recorde de US$ 47,5 bilhões verificado em 2016.
Para fortalecer o comércio exterior, Pereira disse que o Brasil está investindo em acordos comerciais, como a tentativa de "reaproximação" com os países da Aliança do Pacífico (México, Colômbia, Peru e Chile) e uma negociação para ampliar as parcerias com a Índia.
A média diária exportada pelo Brasil, na segunda semana de agosto (7 a 13), chegou a US$ 782,7 milhões. O valor é 3,6% superior à média de US$ 755,7 milhões registrada na primeira semana do mês. Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), esse aumento na média exportada foi motivado pelo incremento de 6,5% nas exportações de produtos básicos, com destaque para as vendas externas de soja em grãos, petróleo em bruto, fumo em folhas, carne bovina, caulim e outras argilas; e de 2,5% nas exportações de manufaturados, principalmente automóveis de passageiros, tubos flexíveis de ferro/aço, veículos de carga, óleos combustíveis e óxidos e hidróxidos de alumínio.
Em contrapartida, as vendas externas de produtos semimanufaturados registraram queda de 6,4% na segunda semana de agosto, em razão do recuo dos embarques de celulose, açúcar em bruto, catodos de cobre, madeira em estilhas, ferro-ligas e ferro fundido.
Com relação às importações, a média diária da segunda semana de agosto ficou em US$ 608 milhões, o que representa uma retração de 9,1% em relação à primeira semana do mês, quando a média diária importada foi de US$ 669,2 milhões. Esse recuo é explicado, principalmente, segundo o Mdic, pela diminuição nos gastos com farmacêuticos, combustíveis e lubrificantes, adubos e fertilizantes, instrumentos de ótica e precisão, equipamentos eletroeletrônicos.
No acumulado do mês de agosto até o dia 13, a balança comercial brasileira tem superávit de US$ 1,219 bilhão, com exportações de US$ 6,936 bilhões e importações de US$ 5,717 bilhões.

Mercado financeiro eleva para 3,5% projeção de inflação

O mercado financeiro aumentou pela quarta semana seguida a projeção para a inflação deste ano, após o aumento da tributação sobre os combustíveis. Desta vez, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 3,45% para 3,50%. A estimativa consta do boletim Focus, publicação que o Banco Central libera todas as semanas com projeções para os principais indicadores econômicos.
Para 2018, a projeção para o IPCA é mantida em 4,2% há quatro semanas consecutivas. As estimativas para os dois anos permanecem abaixo do centro da meta de 4,5%, que deve ser perseguida pelo BC. Essa meta tem ainda um intervalo de tolerância entre 3% e 6%.
A estimativa do mercado financeiro para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), foi mantida em 0,34%, para este ano, e em 2% para 2018.
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S&P divulga novo método para os ratings nacional e regionais

A agência Standard & Poor's revisou o método para concessão de ratings em escala nacional e regionais do Brasil. Os novos critérios não têm impacto no rating global brasileiro, que, segundo a empresa de classificação de riscos, é BB com observação para possível rebaixamento.
Os chamados "mapping tables" são guias de como as escalas nacionais e regionais da S&P correspondem à escala global de ratings. De acordo com a empresa, a revisão representa uma "significante recalibração" da escala.
A S&P disse ter levado em conta ao menos quatro aspectos: o desejo de refletir com mais fidelidade a deterioração de crédito no Brasil e a colocação da nota global em observação para rebaixamento, em 22 de maio; o fato de o "mapping table" anterior ter sido originalmente implementado quando o Brasil tinha grau de investimento; o anseio da empresa de representar melhor a qualidade de diferenciação de ranqueamento em escala nacional e a readequação aos métodos mundiais de concessão de ratings da S&P.
O novo método se aplica a todas as entidades e emissores em escala nacional do Brasil, que têm no início do rating o prefixo "br". A mudança pode afetar metade das notas em ranking local. Aproximadamente um terço de todos os emissores em escala nacional do Brasil pode ser elevado em um degrau e cerca de 20% em dois ou três níveis.