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Economia

- Publicada em 11 de Agosto de 2017 às 15:17

Ciclos financeiros permitem antecipar crises, diz vencedor de Prêmio do Banco Central

Agência Estado
O acompanhamento dos preços dos ativos é fundamental para capturar, de maneira adequada, o momento em que se encontram os ciclos financeiros globais e locais, explicou o vencedor do Prêmio Banco Central de Economia e Finanças e vice-secretário do Comitê de Risco Sistêmico Europeu, Tuomas Peltonen. "A análise dos ciclos financeiros nos ajuda a antecipar possíveis crises financeiras e permite que os reguladores adotem medidas macroprudenciais para reduzir o risco sistêmico", declarou.
O acompanhamento dos preços dos ativos é fundamental para capturar, de maneira adequada, o momento em que se encontram os ciclos financeiros globais e locais, explicou o vencedor do Prêmio Banco Central de Economia e Finanças e vice-secretário do Comitê de Risco Sistêmico Europeu, Tuomas Peltonen. "A análise dos ciclos financeiros nos ajuda a antecipar possíveis crises financeiras e permite que os reguladores adotem medidas macroprudenciais para reduzir o risco sistêmico", declarou.
O estudo realizado por Peltonen, premiado nesta sexta-feira (11), elabora sobre o papel do crédito como proxy. "Os ciclos financeiros costumam ser mais longos do que os ciclos de crédito", explicou o economista. Enquanto os ciclos financeiros têm uma duração mais alongada, entre 8 e 20 anos, conforme Peltonen, os ciclos de crédito compreendem um período menor de tempo, que varia de dois a oito anos.
O crédito, portanto, é um dos componentes avaliados por Peltonen para mensurar os ciclos financeiros no conceito restrito, assim como os preços dos ativos. Já no conceito ampliado, o método de análise elaborado pelo economista também leva em conta, além dos aspectos que compõem o conceito restrito, os preços de bonds corporativos e precificação de ações.
A crise de 2008 foi citada por Peltonen como exemplo do papel do crédito sobre os ciclos financeiros. "O crédito não é apenas um amplificador da instabilidade. Em alguns casos, como ocorreu em 2008, ele é uma fonte", afirmou, lembrando que muitas crises financeiras decorreram de booms de crédito. "Ainda assim, nem todos os booms de crédito terminam em crise e recessão", complementou.
Para análise dos ciclos de crédito, o estudo prevê o acompanhamento do comportamento da atividade econômica (medida pelo Produto Interno Bruto - PIB), ritmo de consumo, investimentos e horas trabalhadas. "O ponto central para os reguladores e definidores das medidas é que este acompanhamento deve ser feito em tempo real", de modo a permitir que as medidas macroprudenciais e anticíclicas sejam adotadas em tempo hábil pela autoridade monetária, disse Peltonen.
O economista reconhece que é difícil prever algumas crises, em função de mudanças bruscas em cenários políticos e outros fatores. "É preciso analisar constantemente esses indicadores para entender como os ciclos financeiros permitem antecipar as crises."
As declarações do vice-secretário do Comitê de Risco Sistêmico Europeu foram feitas no XII Seminário Anual do Banco Central sobre Riscos, Estabilidade Financeira e Economia Bancária.
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