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Mercado Imobiliário

- Publicada em 07 de Agosto de 2017 às 21:59

Venda de imóveis 'virou a curva' em Porto Alegre

Apesar do crescimento, entidade afirma que cenário não traz euforia; elevação ocorre de forma gradual

Apesar do crescimento, entidade afirma que cenário não traz euforia; elevação ocorre de forma gradual


GILMAR LUÍS/ARQUIVO/JC
Ainda que negue qualquer tipo de euforia com a situação atual, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado (Sinduscon-RS), Ricardo Antunes Sessegolo, avalia que a venda de imóveis novos em Porto Alegre "virou a curva" no primeiro semestre do ano. No acumulado de 12 meses até junho, foram negociadas 3.716 unidades na Capital, crescimento de 6,72% em relação ao período imediatamente anterior, segundo pesquisa do sindicato. A projeção é de que, com a queda nos juros, o mercado deve responder ainda mais na segunda metade de 2017.
Ainda que negue qualquer tipo de euforia com a situação atual, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado (Sinduscon-RS), Ricardo Antunes Sessegolo, avalia que a venda de imóveis novos em Porto Alegre "virou a curva" no primeiro semestre do ano. No acumulado de 12 meses até junho, foram negociadas 3.716 unidades na Capital, crescimento de 6,72% em relação ao período imediatamente anterior, segundo pesquisa do sindicato. A projeção é de que, com a queda nos juros, o mercado deve responder ainda mais na segunda metade de 2017.
"Não dá para ficar eufórico, mas, ao menos, representa uma virada de mercado. As pessoas estão voltando a procurar imóvel para comprar", argumenta Sessegolo, que ressalta esperar que o reaquecimento aconteça de forma lenta. Prova disso é que, na análise apenas do mês de junho, que teve vendas de 238 unidades, o resultado é de queda em relação a maio, na ordem de 27,22%. Ainda assim, o quadro representa um aumento de 32,36% em relação a junho de 2016, quando haviam sido comercializados 179 imóveis. A avaliação mensal, entretanto, não é a preferível, segundo o dirigente, por sofrer muito impacto de movimentos pontuais de mercado, como um lançamento ou promoção.
Parte da resposta dos compradores, de acordo com o Sessegolo, acontece por conta de pessoas que aguardavam uma queda relevante nos preços por conta da crise, movimento que não teria acontecido nem deve acontecer, na sua avaliação. "Além disso, muita gente estava apostando nos rendimentos das aplicações financeiras. Com a queda na Selic, o mercado automaticamente vai mudar de posição", defende o dirigente. A projeção mais recente do relatório Focus, que espera a taxa básica de juros a 7,5% no fim do ano, é vista como "ideal para o mercado imobiliário" pelo presidente do Sinduscon.
Com isso, a expectativa é de que os empreendimentos engavetados por conta da crise comecem a sair do papel a partir do segundo semestre. Mesmo com poucos lançamentos em 2017 até aqui, as 3.125 unidades lançadas nos últimos 12 meses ainda representam um crescimento de 51,85% em relação ao período anterior. "É importante voltar a ter lançamentos, porque colocam o mercado como um todo na mídia, e isso provoca movimentação até nos estoques", defende Sessegolo, prevendo um semestre com vendas ainda maiores.
Nos negócios realizados em junho, os imóveis concluídos representaram 40,76%; os em construção, 40,34%; e os na planta, 18,91%. A maior parte continua sendo, como já é tradicional, de apartamentos de dois dormitórios, que chegaram a 38,24% do total, seguidos pelos apartamentos de três dormitórios, com 34,45%. Salas e conjuntos foram 20,17% dos negócios.

Caixa Econômica Federal lança linha de crédito de R$ 1,5 bilhão para lotes urbanos

O presidente Michel Temer anuncia hoje, em São Paulo, uma nova linha de crédito da Caixa Econômica Federal voltada exclusivamente para a criação de lotes urbanizados. Inédita no País, a nova linha deverá contar com valor inicial de R$ 1,5 bilhão. "Não temos isso no mercado, e o setor geralmente tem autofinanciamento. A Caixa quer regular esse tema que foi muito demandado pelo setor da construção", disse o presidente da Caixa, Gilberto Occhi.
O lançamento tem como objetivo financiar a criação de novos lotes urbanos, como condomínios fechados e bairros novos nas cidades. Com o dinheiro, empreendedores poderão construir a infraestrutura - como levar água e esgoto, e criação de ruas.
"Espero que haja demanda grande. Isso ajuda no crescimento, na retomada da economia. É uma modalidade que não tem previsão de financiamento em nenhuma instituição", comentou o presidente da Caixa Econômica Federal. "Essa é uma modalidade que não tem previsão de financiamento em nenhuma instituição."
Occhi comentou ainda que o financiamento imobiliário tem mostrado reação, e o volume de concessões na Caixa cresceu 27% no primeiro semestre na comparação com igual período do ano passado. "O volume de novos empreendimentos aumentou. Isso significa que a economia está, gradativamente, melhorando", disse.