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VAREJO

- Publicada em 06 de Agosto de 2017 às 22:05

Dia dos Pais deverá ter um tíquete médio menor

Na Via Veneto, movimento está mais fraco, afirma Rodrigo Teixeira

Na Via Veneto, movimento está mais fraco, afirma Rodrigo Teixeira


CLAITON DORNELLES/JC
A marca do Dia dos Pais, que acontece no próximo domingo, para o varejo gaúcho, será a mesma das últimas datas comemorativas: a crise. De acordo com levantamento da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) em conjunto com o Sindilojas, o tíquete médio por presente para a data, neste ano, será de R$ 125,00, ou seja, 8,3% menor na comparação com 2016. O montante movimentado deve girar em torno dos R$ 24 milhões na economia da Capital e Região Metropolitana.
A marca do Dia dos Pais, que acontece no próximo domingo, para o varejo gaúcho, será a mesma das últimas datas comemorativas: a crise. De acordo com levantamento da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) em conjunto com o Sindilojas, o tíquete médio por presente para a data, neste ano, será de R$ 125,00, ou seja, 8,3% menor na comparação com 2016. O montante movimentado deve girar em torno dos R$ 24 milhões na economia da Capital e Região Metropolitana.
Na avaliação do presidente da CDL, Alcides Debus, o valor é considerável graças à maior relevância da data junto às famílias. "Vivemos uma nova cultura, os pais, mesmo que separados, ficam mais próximos dos seus filhos", avalia. O levantamento aponta que pais da Geração Y querem ampliar seus vínculos familiares, o que acarreta em um maior número de famílias trocando presentes.
Mesmo assim, o dirigente lembra que a confiança do consumidor ainda está sendo afetada pela instabilidade política, mas lembra que a data é bastante significativa por abrir o calendário de eventos que movimentam o comércio no segundo semestre. Da mesma maneira pensa o presidente da Associação Gaúcha do Varejo (AGV), Vilson Noer, ao afirmar que o segundo semestre comporta, grosso modo, outras três datas relevantes: o Dia das Crianças, a BlackFriday e o Natal.
Os lojistas, por outro lado, ainda não sentiram a movimentação da data e mostram-se apreensivos. "No mesmo período do ano passado, a loja tinha arrecadado R$ 90 mil; este ano, temos apenas R$ 59 mil", lamenta o subgerente da Via Veneto do shopping Praia de Belas, Rodrigo Teixeira. A pesquisa da CDL revela que, como de costume, 57,2% vão se preocupar com o presente nesta semana, a última antes da data.
Os clientes da loja Spirito Santo, também do Praia de Belas, agiam da mesma maneira. A procura pelos produtos tradicionalmente vendidos pela loja, da linha "tal pai, tal filho", eram procurados apenas timidamente.
A surpresa ficou por conta da procura por brinquedos vintage, produzidos pela marca Estrela, como Banco Imobiliário e Detetive em suas versões originais. Só a Del Turista do shopping zerou os seus estoques de boneco Falcon e tem encomenda de 13 bonecos para a data.

Para Fecomércio-RS, pior da crise econômica já foi superado

Luiz Carlos Bohn projeta crescimento real de 1,5% no mês de agosto

Luiz Carlos Bohn projeta crescimento real de 1,5% no mês de agosto


/ANTONIO PAZ/ARQUIVO/JC
O presidente da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado (Fecomércio-RS), Luiz Carlos Bohn, acredita que o pior da instabilidade financeira já foi superado. "Já não há mais expectativa de demissão por parte dos trabalhadores", comemora. Em sua avaliação, o País está "caminhando de lado", o que permite a projeção de crescimento real de 1,5% no mês de agosto graças ao Dia dos Pais, mas impede que esse número seja mais significativo.
O levantamento da entidade leva em consideração a taxa de desocupação no Estado (9,10%), crescimento da massa real de salários (3,10%), intenção de consumo das famílias (75,1 pontos), nível de comprometimento da renda com dívidas (19%), taxa de juros à pessoa física ao ano (63,80%), inadimplência de pessoa física (5,93%) e inflação em 12 meses (2,82%).
De qualquer maneira, Bohn projeta que somente a estabilidade política pode devolver ao varejo os bons ventos que antecederam a crise econômica. Para o presidente, até mesmo a manobra realizada para cumprir a meta fiscal, que elevou o preço dos combustíveis, não foi benéfica para a festividade. "A derrapada que o governo deu, com relação do aumento do PIS/Cofins, não ajudou o momento", afirma, ao lembrar que valores gastos com combustíveis podem diminuir a quantia desempenhada com a data.