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Economia

- Publicada em 03 de Agosto de 2017 às 22:14

Construsul mira em sustentabilidade e preço

Killing une impermeabilizante e tinta em uma mesma lata, diz Moreira

Killing une impermeabilizante e tinta em uma mesma lata, diz Moreira


JONATHAN HECKLER/JONATHAN HECKLER/JC
Guilherme Daroit
Enfrentando um mercado em baixa relevante nos últimos anos, reflexo da crise econômica brasileira que desacelerou os lançamentos, empresas ligadas ao setor de construção estão trabalhando em duas linhas de ação. Pelo menos é o que se percebe na 20ª Construsul, feira que se encerra neste sábado, em Novo Hamburgo, e onde as apostas dos expositores residem em lançamentos com apelo na sustentabilidade e, como não poderia deixar de ser em um momento como este, na redução de custos.
Enfrentando um mercado em baixa relevante nos últimos anos, reflexo da crise econômica brasileira que desacelerou os lançamentos, empresas ligadas ao setor de construção estão trabalhando em duas linhas de ação. Pelo menos é o que se percebe na 20ª Construsul, feira que se encerra neste sábado, em Novo Hamburgo, e onde as apostas dos expositores residem em lançamentos com apelo na sustentabilidade e, como não poderia deixar de ser em um momento como este, na redução de custos.
A Pentair, multinacional norte-americana de purificadores de água com fábrica em Caxias do Sul, por exemplo, optou por uma nova versão para seus filtros para caixa d'água, substituindo partes metálicas por outras, plásticas. "Além de ser mais sustentável, traz reflexo no preço, tornando o produto mais acessível também", defende a analista de vendas da empresa, Cintia Santos. "O mercado continua complicado, estagnado, e é preciso buscar novidades para reagir", acrescenta a vendedora da empresa, que afirma buscar maior entrada na região Sul, onde as pessoas ainda teriam maior resistência à purificadores por acreditarem na qualidade da água encanada.
Plásticos também são a aposta da Amplex, com sede em Carlos Barbosa, voltada à fabricação de aberturas em PVC. "São produtos que já existem no Brasil há, pelo menos, 20 anos, mas que, agora, começam a ter um aumento no seu uso", defende o representante comercial da empresa, Elton Repenning. Até há pouco tempo, argumenta Repenning, ainda havia resistência do mercado predial pelas esquadrias plásticas terem um custo mais elevado do que as metálicas, ainda que, por serem 100% recicláveis, sejam vistas como mais sustentáveis.
Uma nova norma técnica de eficiência de esquadrias, porém, com padrões mais elevados de isolamento acústico e durabilidade, estaria fazendo as construtoras investirem mais nos produtos em PVC. "Antes, apenas 5% do mercado era em plástico, e 95%, em alumínio. Agora, já invadimos boa parte disso", argumenta o representante da Amplex, que lança, na Construsul, esquadrias plásticas em cores e com texturas que imitam madeira.
Já a Tintas Killing, de Novo Hamburgo, aposta em vários lançamentos, como uma tinta impermeabilizante batizada de Kisatech. O atrativo, segundo o diretor da companhia, Paulo Roberto Moreira, está no fato de unir, na mesma composição, a proteção de uma manta líquida e a pigmentação de uma tinta normal. "Economicamente, é mais vantagem para o construtor, pois a mão de obra é mais de 70% dos custos em uma pintura", comenta o diretor. Isso porque, tradicionalmente, são exigidas duas demãos para o impermeabilizante, e pelo menos outras duas para a tinta, de forma que, unindo ambas as funções em um único produto, reduz-se as horas de trabalho pela metade.
A companhia também aposta em um novo esmalte de tecnologia própria, chamado de Equilibrium, que, embora sintético, pode ser diluído em água, recurso até então restrito aos esmaltes acrílicos. "Embora tenha vantagens, como não ter cheiro e não precisar de solvente, o esmalte acrílico nunca pegou no mercado porque não igualou os benefícios do esmalte tradicional, que oferece uma cobertura maior e permite repintura", argumenta Moreira. A solução da empresa, portanto, foi desenvolver uma mistura que unisse os lados positivos de cada um dos tipos tradicionais - e, com isso, roubar participação no mercado dos concorrentes, única forma de crescer em um mercado que deve cair em torno de 6% em 2017.
"Entendo que o mercado da construção já chegou no seu patamar mínimo, e a tendência agora é de estabilização e retomada junto com a economia como um todo", analisa Moreira, que lembra, entretanto, que, como as tintas são usadas apenas no fim das obras, o setor vive com delay - demorou mais para ser afetado pela crise, mas deve demorar mais para perceber também o aquecimento. Além do desenvolvimento de novos produtos, a empresa busca expandir o número de pontos de venda em estados acima da região Sul, além da exportação, que já responde por cerca de 20% das vendas.
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