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Economia

- Publicada em 02 de Agosto de 2017 às 19:00

Cade reprova compra da rede de postos Ale pela Ipiranga

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) reprovou por unanimidade, ontem, a compra da distribuidora de combustíveis Ale pela Ipiranga, um negócio de cerca de R$ 2 bilhões. Este é o segundo grande caso reprovado pelo Cade em dois meses, desde que veio a público a pressão do empresário Joesley Batista, dono da JBS, para que o Cade ajudasse a resolver um problema com a Petrobras para fornecimento de gás para usinas de seu grupo.
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) reprovou por unanimidade, ontem, a compra da distribuidora de combustíveis Ale pela Ipiranga, um negócio de cerca de R$ 2 bilhões. Este é o segundo grande caso reprovado pelo Cade em dois meses, desde que veio a público a pressão do empresário Joesley Batista, dono da JBS, para que o Cade ajudasse a resolver um problema com a Petrobras para fornecimento de gás para usinas de seu grupo.
Com a recusa pelos sete conselheiros, incluindo o presidente do Cade, criou-se um precedente de que nenhuma das grandes redes - BR, Ipiranga e Shell/Cosan - poderá adquirir a Ale, quarta colocada. Essa possibilidade ficará restrita a grupos regionais, segundo advogados envolvidos na operação.
Até o último momento, as empresas tentaram aprovar um "plano B" discutido com o relator do caso, o conselheiro João Paulo de Resende. Mas Ipiranga e Ale não aceitaram as medidas sugeridas, como a venda de aproximadamente 65% da Ale ou 943 postos em 12 mercados.
Resende vislumbrava uma possibilidade de que o negócio pudesse ser feito desde que houvesse "remédios" amargos não só na distribuição de combustíveis como também na revenda.
A operação, ainda segundo o relator, oferecia riscos ao postos "bandeira branca", que são abastecidos pela Ale. No mercado de gasolina, esses postos "sem marca" já representam 32% do mercado e, no de etanol, 48%.
Esse problema já tinha sido identificado pela Superintendência-Geral (SG) do Cade, que analisou o caso antes de enviá-lo ao conselho com severas restrições.
A SG considerou que, se o negócio fosse aprovado da forma proposta, Ipiranga, Shell/Cosan e a BR Distribuidora poderiam "impor a coordenação sobre centenas de mercados relevantes de revenda, em grandes e pequenas cidades".
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