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Repórter Brasília

- Publicada em 14 de Agosto de 2017 às 16:31

Forças Armadas

O corte de verbas que o governo federal vem fazendo piora ainda mais a situação do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. As Forças Armadas correm o risco de ficar sem dinheiro em setembro. Nos últimos anos, a redução foi de 44,5%. Desde 2012, os recursos "discricionários" caíram de R$ 17,5 bilhões para R$ 9,7 bilhões. Os valores não incluem gastos obrigatórios com alimentação, salários e saúde dos militares.
O corte de verbas que o governo federal vem fazendo piora ainda mais a situação do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. As Forças Armadas correm o risco de ficar sem dinheiro em setembro. Nos últimos anos, a redução foi de 44,5%. Desde 2012, os recursos "discricionários" caíram de R$ 17,5 bilhões para R$ 9,7 bilhões. Os valores não incluem gastos obrigatórios com alimentação, salários e saúde dos militares.
Risco de colapso
Se não houver liberação de mais verba, o plano é reduzir expediente e antecipar a baixa dos recrutas. Atualmente, já há substituição do quadro de efetivos por temporários para reduzir o custo previdenciário. Integrantes do Alto Comando do Exército, Marinha e Aeronáutica avaliam que há um risco de "colapso".
Tesouro pertence a todos
Na avaliação da deputada federal Yeda Crusius (PSDB), com a experiência de ex-governadora do Rio Grande do Sul, onde a presença do Exército é muito forte por causa das fronteiras, "se pegar um item isolado, como Forças Armadas, aparece imediatamente a gravidade da situação". O orçamento já é tão restrito para os serviços públicos que qualquer corte afeta o que já tem sido feito. Na verdade, argumenta a deputada, "o dinheiro é pouco. Então, tem se feito menos do que poderia fazer, no caso das Forças Armadas, do que se tivesse melhor orçamento". Segundo Yeda Crusius, "o que não se pode aceitar é a ideia de que cabe cortes apenas no Executivo. Os serviços públicos são do Executivo, como saúde, meio ambiente, desenvolvimento, tudo isso. Enquanto que só cresce o orçamento devido aos outros Poderes. Então aí é que está o erro, o cuidado com o Tesouro Nacional pertence a todos os Poderes".
Não tem outra saída
Para o deputado Luis Carlos Heinze (PP), não tem outra saída. Tem que cortar gastos. O parlamentar argumenta que "não tem dinheiro, a arrecadação está caindo, por isso, tem que cortar". E afirma: "não sou contrário a isso, alguma prioridade tem que ter. O que eu estou dizendo é que, neste momento, tem que reduzir despesas". Para Heinze, como é que vai aumentar impostos. A população não aguenta mais". E acrescenta: "o Lula gastou demais, agora tem que cortar, todo mundo tem que entrar no corte, a Câmara, o Senado, o Executivo, o Judiciário, não interessa. Todo mundo tem que participar. Não sou contra os cortes, o governo está tentando equilibrar as despesas".
Corte linear
O deputado federal Carlos Gomes (PRB) comenta que "os cortes estão havendo em todas as áreas, como na Polícia Federal e até na Justiça Eleitoral. Porém, a nossa contrariedade é sobre o corte linear". Segundo o parlamentar, "está bom, vamos cortar. Mas sempre há uma área que é mais importante. Como foi bem dito, em áreas de fronteiras, o Brasil faz fronteira com vários países de rota de contrabando, eu acho que nessas áreas deveria ter uma atenção especial para não prejudicar a fiscalização, para não prejudicar o trabalho que é feito. Tanto do próprio Exército, como também da própria polícia".
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