Primeiro romance de Alexandra Lopes da Cunha, Demorei a gostar da Elis é recheado de referências aos anos 1980 e faz a felicidade dos saudosistas ao pontuar cada abertura de capítulo com trechos de músicas. Belchior, Blitz, The Smiths, Pixies, David Bowie e até Guilherme Arantes situam o leitor numa Porto Alegre de hoje, mas com várias passadas pelas décadas de 1970 e 1980.
Ela já tem na bagagem dois livros de contos: Amor e outros desastres, depois Vermelho-Goiaba (ganhou o prêmio IEL 60 anos na categoria contos, autor estreante em 2014). Em 2016, Bífida, em parceria com o fotógrafo Raul Krebs, foi sua estreia em poesia.
Agora, com Demorei a gostar da Elis, editado pela Kazuá a partir de um concurso nacional que deu a autora o prêmio Pavão de Romance, e a edição do livro, Alexandra se apresenta ao grande público com um trabalho corajoso, que faz o leitor refletir sobre a vida e a morte, o passar do tempo, o envelhecimento e o amor.