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- Publicada em 10 de Agosto de 2017 às 22:16

Sete pede ajuda a estaleiros para a recuperação

Construtores teriam direito de vender os equipamentos em caso de interrupção dos contratos de afretamento ou de atraso dos pagamentos

Construtores teriam direito de vender os equipamentos em caso de interrupção dos contratos de afretamento ou de atraso dos pagamentos


T/Tânia Rêgo/ABR/JC
 Em novo plano de recuperação entregue à Justiça, a empresa de sondas Sete Brasil reduziu de oito para quatro o número mínimo de embarcações que precisa concluir para retomar as atividades e pede aos estaleiros ajuda financeira para concluir as obras. O plano, que será discutido em assembleia no fim deste mês, prevê o pagamento dos credores apenas a partir de 2026.
 Em novo plano de recuperação entregue à Justiça, a empresa de sondas Sete Brasil reduziu de oito para quatro o número mínimo de embarcações que precisa concluir para retomar as atividades e pede aos estaleiros ajuda financeira para concluir as obras. O plano, que será discutido em assembleia no fim deste mês, prevê o pagamento dos credores apenas a partir de 2026.
A Sete Brasil pediu recuperação judicial em abril de 2016, diante das dificuldades em obter recursos para prosseguir com as obras encomendadas para a empresa. Na época, a companhia declarou uma dívida de R$ 19,3 bilhões. Um primeiro plano, com a possibilidade de construção de oito a 12 sondas, chegou a ser apresentado aos credores, mas não avançou por dificuldades na renegociação dos contratos com a Petrobras, sócia e principal cliente da companhia.
O novo plano de recuperação apresentado propõe a "readequação do plano de negócios, de modo a readequá-lo aos melhores interesses do Grupo Sete". Trabalha com a conclusão de quatro sondas "prioritárias". Se enquadrarão neste caso aquelas em estágio mais avançado de construção, com menor necessidade de investimento e que estão em estaleiros com capacidade para concluir as obras mais rapidamente e, se possível, com recursos próprios.
Como garantia, a Sete propõe dar aos estaleiros o direito de vender as sondas, caso haja interrupção no contrato de afretamento dos equipamentos de exploração de petróleo ou no pagamento pelos recursos colocados na obra. O plano diz que a Sete precisará de recursos novos para prosseguir com as obras, num montante de US$ 4,345 bilhões, considerando a conclusão de oito unidades, que podem ser obtidos com os estaleiros construtores ou com terceiros.
Os novos financiadores terão prioridade sobre o fluxo de caixa gerado pelas sondas. Depois disso, os outros credores começam a receber sua parte. Segundo uma planilha anexada ao documento, em caso de construção das oito primeiras sondas, apenas em 2026 haverá fluxo de caixa livre para o pagamento dos credores.
A empresa propõe também o pagamento de R$ 50 mil à vista para aqueles credores que não quiserem esperar. A dívida trabalhista, que, pela lei, tem prioridade, só começaria a ser paga no sexto mês após a aprovação do plano de recuperação judicial. A Sete Brasil foi criada em 2010 para construir e operar 28 sondas de perfuração para a estatal. Com a queda no preço do petróleo e os cortes nos investimentos, a Petrobras considera, porém, que não precisará de todos os equipamentos.
A crise foi agravada com a revelação, pela Operação Lava Jato, de que ex-executivos da empresa foram beneficiados pelo esquema de corrupção montado na Petrobras. A empresa tem como sócios a Petrobras, os bancos BTG Pactual, Santander e Bradesco, investidores estrangeiros e os fundos de pensão Petros, Funcef e Previ, dos empregados da Petrobras, Caixa e Banco do Brasil, respectivamente. Neste ano, os fundos decidiram partir para arbitragem internacional contra a Petrobras para tentar recuperar o investimento. Segundo a estatal, o valor pedido é de R$ 4,475 bilhões.

Suprg tem aumento de receita em diferentes áreas de atuação

Receita dos sete primeiros meses de operação neste ano foi superior a R$ 74 milhões

Receita dos sete primeiros meses de operação neste ano foi superior a R$ 74 milhões


Hiago Reisdoerfer/Hiago Reisdoerfer/Porto do rio Grande/Divulgação/JC
O mês de agosto começa com boas notícias para a Superintendência do Porto do Rio Grande (Suprg). Em análise com comparação, desde o começo deste ano, a autarquia estadual vem registrando aumento econômico em diferentes áreas de atuação. O número, que representa uma diferença positiva de 15,6% em relação ao mesmo período de 2016, mostra o peso da autarquia para a economia do Rio Grande do Sul.
O estudo, dividido em três áreas - Arrendamento/Aluguéis, Operacional e Diversos - registrou aumento em todos os itens, incluindo diferenças que chegam perto da casa dos R$ 10 milhões, como é o caso do segmento operacional, que engloba as atividades de utilização da Infraestrutura Operacional Portuária, Serviços de Armazenagem, Utilização de Equipamentos Portuários, Utilização da Infraestrutura e acesso aquaviário, Utilização das Instalações de Acostagem e Serviços Diversos.
O montante total desse segmento representa a quantia de R$ 41,23 milhões, aproximadamente R$ 9 milhões a mais do que o mesmo período em 2016, que fechou os sete primeiros meses do ano com R$ 32,25 milhões. Para o diretor superintendente do porto do Rio Grande, Janir Branco, esta expansão garante à autarquia condições para manter o crescimento continuado com segurança financeira e gestão consciente. "Os recursos precisam ser aplicados em áreas essenciais como a do Meio Ambiente, Saúde e Segurança que em nossa gestão praticamente dobrou seu orçamento", afirma ele.
A movimentação financeira total dos sete primeiros meses da autarquia foi de uma receita superior a R$ 74 milhões. No mesmo período do ano passado, a receita havia sido cerca de R$ 10 milhões a menos. "O aumento de receita é resultado de um trabalho do governo do Estado de fortalecimento do sistema logístico e da atração de novas cargas", conclui Branco. Os recursos da autarquia são utilizados para a manutenção dos serviços portuários e também para o cumprimento da legislação ambiental.