Bondinhos de Santa Teresa funcionam de maneira precária
"Táxi ou mototáxi?" A pergunta, em alto e bom som por um mototaxista, rompe o silêncio na chegada ao Largo dos Guimarães, no ponto de bonde. Com a demora do único bondinho em operação passar - o outro está encostado à espera de manutenção, que não acontece por falta de dinheiro, conforme informação fornecida por funcionários no local -, o vaivém de pessoas oferecendo outras alternativas de transporte no local virou uma cena comum, nas ladeiras históricas de Santa Teresa. Moradores do bairro criticam o aumento do intervalo das viagens, que pode chegar a uma hora.
Apesar de garantir que o intervalo é menor, de 15 a 30 minutos o secretário estadual de Transporte, Rodrigo Vieira, reconhece que a pasta não tem recursos para a expansão e compra de novos bondes, devido à crise do estado. Ele negou que apenas um bonde operasse na segunda-feira. Vieira assegurou que há cinco veículos: dois se revezam na linha, um fica parado na Estação Carioca para alguma emergência e dois estão em manutenção preventiva. A reportagem esteve na oficina, no Largo dos Guimarães, onde um funcionário afirmou que havia apenas um bonde passando por reparos.