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JC Contabilidade

- Publicada em 03 de Agosto de 2017 às 12:43

Participação nos lucros e resultados entram na reforma

Bazzola diz que novas normas trabalhistas da PLR serão positivas

Bazzola diz que novas normas trabalhistas da PLR serão positivas


BAZZ ESTRATÉGIA E OPERAÇÃO DE RH/BAZZ ESTRATÉGIA E OPERAÇÃO DE RH/DIVULGAÇÃO/JC
Roberta Mello
A nova lei trabalhista entrará em vigor em novembro e valerá para todos os contratos de trabalho vigentes, tanto antigos como novos, segundo o Ministério do Trabalho. A Participação nos Lucros e Resultados da empresa (PLR) é um dos pontos novos trazidos pela reforma e que devem ser negociados entre as empresas e os sindicatos para entrar em vigor.
A nova lei trabalhista entrará em vigor em novembro e valerá para todos os contratos de trabalho vigentes, tanto antigos como novos, segundo o Ministério do Trabalho. A Participação nos Lucros e Resultados da empresa (PLR) é um dos pontos novos trazidos pela reforma e que devem ser negociados entre as empresas e os sindicatos para entrar em vigor.
O PLR é um tema que ainda sofre grande preconceito nas empresas, principalmente pelo fato dos empresários acreditarem que essa participação terá reflexos negativos em seus ganhos finais. "O que é um grande erro, sendo que o que observo é que, na maioria das vezes, os resultados são positivos para todos das empresas", afirma o consultor em Recursos Humanos, palestrante e diretor executivo da Bazz Estratégia e Operação de RH, Celso Bazzola. "Isso se deve ao fato que essa forma de ganho resulta em ganhos sensacionais na produtividade e na motivação da empresa, fazendo com que se tornem vantajosos os gastos perante esses pagamentos".
Contabilidade - O que é o PLR e qual o objetivo de implantá-lo?
Celso Bazzola - É um modelo de remuneração que tem como objetivo alinhar as estratégias da organização com os anseios individuais de seus colaboradores. O pagamento se dá com o atingimento de metas preestabelecidas, onde o resultado da empresa passa a ser o resultados de todos envolvidos no processo, uma relação ganha-ganha. Este modelo é amparado pela lei, onde não há incidências de encargos trabalhistas, o que transforma essa opção atrativa, pois, além de direcionar as equipes ao resultado, seu custo tem menores impactos para empresa.
Contabilidade - Quais os impactos que ele proporciona nas empresas?
Bazzola - O principal resultado que propicia é o sentimento de que os colaboradores fazem parte dos resultados da empresa e, consequentemente, poderão ocasionar aumento em seus ganhos. Outros impactos importantes são que a empresa poderá elevar seus resultados e manter seus custos fixos controlados, pois o PLR é pago somente ocorre quando há resultados, isto transmite um espírito de equipe com foco nos resultados, além de elevação da qualidade do clima organizacional, pois há valorização do colaborador.
Contabilidade - Ainda existe resistência em relação a pequenas e médias empresas?
Bazzola - Sim, ainda há certa resistência nas empresas médias e pequenas, onde posso citar dois principais motivos: o desconhecimento da lei, metodologias e o quanto este modelo pode alavancar os negócios e a sensação de insegurança e dificuldades nas negociações com os sindicatos, pois o PLR só terá validade com a homologação junto ao órgão. Em minhas experiências com projetos de implantação de sistemas de PLR posso afirmar que alguns sindicatos tem sido receptivos e participativos nas negociações.
Contabilidade - Muitos empresários não são simpáticos à ideia de compartilhar seus lucros...
Bazzola - Esse pensamento é errado. Isso ocorre por uma limitação de visão dos empresários, pois entendem que esta remuneração se tornará uma despesa sem retorno, o que é um equívoco, pois todos os pagamentos são atrelados a metas estabelecidas, que devem ter o foco no retorno econômico da empresa. Outra questão que muitas vezes bloqueiam esta implantação são as imposições sindicais incompatíveis com a realidade econômica da empresa e seu mercado, embora esta visão tem mudado nos últimos anos por parte das empresas e sindicatos.
Contabilidade - Como criar esse tipo de política? A divisão deve ser igualitária a todos ou proporcional a salários?
Bazzola - Dentro desse tipo de política e forma de remunerar, deve seguir alguns preceitos legais como ser desenvolvido por meio da participação dos colaboradores através da representação de um comitê, ter metas atingíveis e claras e criar indicadores mensuráveis. A divisão deverá ser justa, porém refletir de forma clara e consistente os resultados atingidos por meio de indicadores corporativos e departamentais. Lembrando que deve ser igualitário na metodologia, mas nem sempre o valor a ser pago será o mesmo, pois dentro do sistema de PLR os resultados departamentais e individuais poderão dar uma variação de um colaborador para outro. É necessária uma metodologia que garanta que todos realmente participem do resultado, seja em equipe ou individual. O PLR poderá ser desenvolvido tendo como base o salário nominal, um budget definido ou valores limites fixados.
Contabilidade - Devem existir metas por áreas para conquista do objetivo? E metas individuais?
Bazzola - Sim, é fundamental que tenha metas por área ou departamental e individuais. Podendo ser feita por área ou departamento, a fim de avaliar e remunerar pelo resultado do trabalho em equipe, valendo o resultado geral de todos, ou individual, onde se avalia e remunera pelo seu resultado atingindo, sua participação com qualidade no processo e execução de tarefas. Também devem existir indicadores corporativos que reflitam no objetivo da alto gestão em relação a todos os resultados, podemos chamar a junção destes modelos dos indicadores como mistos.
Contabilidade - Quais os principais erros cometidos em relação ao tema?
Bazzola - Desenvolver metas que não refletem no resultado final da empresa, criar metas não mensuráveis e inatingíveis, deixar de envolver os colaboradores no desenvolvimento e aprovação do sistema, não realizar projeções de resultados, estipulando valores a serem pagos superiores ao possível de ser cumprido.
 
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