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Política

- Publicada em 12 de Julho de 2017 às 18:42

Condenação de Lula repercute no meio político

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado, nesta quarta (12), a 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá. A sentença do juiz Sergio Moro é a primeira contra o petista no âmbito da Lava Jato. Ainda cabe recurso da decisão. Caso a condenação seja confirmada em segunda instância, pelo TRF (Tribunal Regional Federal), Lula poderá ser preso e pode ficar inelegível. O tribunal leva, em média, cerca de um ano e meio para analisar as sentenças de Moro.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado, nesta quarta (12), a 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá. A sentença do juiz Sergio Moro é a primeira contra o petista no âmbito da Lava Jato. Ainda cabe recurso da decisão. Caso a condenação seja confirmada em segunda instância, pelo TRF (Tribunal Regional Federal), Lula poderá ser preso e pode ficar inelegível. O tribunal leva, em média, cerca de um ano e meio para analisar as sentenças de Moro.

Rubens Bueno sobre condenação de Lula: 'finalmente o chefe da quadrilha caiu'

A decisão do juiz federal Sérgio Moro de condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro foi elogiada nesta quarta-feira, 12, pelos deputados Rubens Bueno (PPS-PR) e Júlio Delgado (PSB-MG), ambos integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. A condenação de Moro foi a primeira imposta ao ex-presidente na Operação Lava Jato.
"Demorou, mas finalmente o chefe da quadrilha caiu. Essa é uma notícia que esperávamos desde os tempos do mensalão, quando Lula conseguiu escapar das garras da Justiça. Trata-se de uma condenação que terá forte impacto no cenário político atual e nas articulações para as eleições presidenciais de 2018", afirmou Rubens Bueno em nota enviada à imprensa.
Para o parlamentar, "um por um os corruptos que se instalaram no centro do poder vão caindo". "O fato de poderosos começarem a ser condenados por seus crimes anima a sociedade que passa a participar mais diretamente do debate político e da fiscalização dos atos de seus representantes", comentou Rubens Bueno.
Para o deputado Júlio Delgado, a decisão de Moro já era esperada "Eu não acho que teve perseguição política nem lá (na decisão de Moro sobre Lula), nem aqui (na discussão da CCJ sobre a admissibilidade da denúncia contra o presidente Michel Temer)", disse Delgado à reportagem.
"A gente tem de distinguir o juiz que quer investigar, a Justiça que quer investigar os malfeitos na gestão PT-PMDB que ocorreram durante os governos Lula, Dilma e agora Temer. Está na hora de passar o Brasil a limpo. O partido que tenha cometido malfeitos tem de ser responsável pelos seus atos", completou Delgado.

Hildo Rocha (PMDB-MA) compara acusação contra Temer à condenação de Lula

Colega de partido do presidente Michel Temer, o deputado Hildo Rocha (PMDB-MA) comparou o pedido da Procuradoria-Geral da República para investigar Temer com a condenação do ex-presidente Lula, divulgada nesta quarta-feira, 12.
Membro titular da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Rocha criticou o parecer do relator, deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), durante sessão de debates do colegiado. "Não cabe ao presidente Michel Temer a imputação do crime de corrupção, como não há nenhum fato concreto que prove que o ex-presidente Lula tenha comprado aquele triplex. Portanto, não é só por ser presidente ou ex-presidente que nós vamos estar aceitando", disse.
Lula foi condenado a 9 anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A condenação do juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal, em Curitiba, é a primeira do ex-presidente na Operação Lava Jato.
Pela discordância com Zveiter, Rocha apresentou um voto em separado contra a admissibilidade da denúncia. O deputado ainda minimizou o fato de Temer ter recebido o empresário Joesley Batista pela garagem do Palácio do Jaburu, durante a noite, sem qualquer menção na agenda oficial do presidente. "Recebi pessoas na garagem e até no meu quarto para ajudar o Brasil".

'Justiça nunca pode ser tomada como ato de vingança', diz Marina sobre Lula condenado

"A Justiça nunca pode ser tomada como ato de vingança", diz Marina Silva (Rede-AC) no dia em que seu ex-chefe Lula, de quem foi ministra do Meio Ambiente, foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão pelo juiz Sergio Moro.
Para a duas vezes presidenciável e pré-candidata ao Palácio do Planalto em 2018, não faz sentido falar numa operação disposta a ser algoz do petismo, dirigida por uma visão parcial de Moro. A Lava Jato, afinal, atingiu lideranças de várias legendas.
"Os três grandes partidos que contribuíram para a democracia [PT, PSDB e PMDB] estão igualmente comprometidos, isso é muito triste", diz a ex-senadora. A sentença de Moro tem um efeito colateral positivo de mostrar que "ninguém está acima da lei", segundo Marina.
"Agora não só os cidadãos comuns estão, digamos assim, acostumados a responder diante da Justiça. Temos empresários, lideranças de grandes partidos, Dilma, Lula, Aécio, o ex-presidente da Câmara [Eduardo Cunha], os atuais [presidentes do Congresso, Rodrigo Maia na Câmara e Eunício Oliveira no Senado] também estão sendo investigados..."
Para Marina, é importante "contextualizar" a situação pela qual o Brasil passa. Nesse sentido, a condenação de Lula faz parte de um grande novelo.
"Temos o presidente atual [Michel Temer] que também está sofrendo uma denúncia inédita [primeiro mandatário acusado de corrupção no exercício do cargo], e antes uma presidente que, depois de sofrer um impeachment, só não foi cassada [pelo Tribunal Superior Eleitoral, no julgamento da chapa Dilma-Temer] por causa de uma decisão que deixou a sociedade estarrecida."
"Ninguém pode dizer que fica feliz com uma coisa dessas. Gostaria que tivesse sido tudo diferente", diz.
Pesquisa realizada pelo Datafolha em junho, sobre a disputa presidencial de 2018, aponta que Lula (PT) mantém a liderança, com até 30% das intenções de voto, seguido por Jair Bolsonaro (PSC), 16%, e Marina, 15%.
Derrotada nas duas últimas disputas, Marina lidera nos cenários que excluem Lula, com até 27% entre todos os ouvidos.
Questionada sobre o fortalecimento de Bolsonaro nas pesquisas, a ex-ministra afirma que vê o avanço de discursos extremistas como "um grande desafio".
"Após uma grande decepção, causada por aqueles que fizeram grandes promessas, [é fundamental] que as pessoas possam compreender que não deve haver qualquer espaço para fragilizar o avanço da democracia, o respeito aos direitos humanos, [não pode ter] a política feita não com base no ódio."
Com Agência Estado e Folhapress
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